domingo, 24 de fevereiro de 2008

1.12 – RUN! (Corra!)

1.12 – RUN! (Corra!)

[Fade in, a partir de tela preta]

[No fundo ouve-se a voz de Angela, enquanto está rolando cenas do capítulo anterior]

Angela – Anteriormente em 4Ever, Priscila consegue fugir do seu raptor, enquanto isso os meninos, ainda estão atrás de informações, à respeito do paradeiro de Priscila, mas o que ela realmente não esperava, era encontrar no meio da rodovia alguém que tivesse um caro e um celular, mas isso nem é tudo um mar de rosas, eles acabaram sendo encontrados e sendo perseguidos.

CAM. focaliza o grupo de amigos, que andam atrás da professora Carina e se dirigem à sala do diretor.

A professora bate na porta da sala dele e como resposta à sua batida, ouve-se do outro lado uma resposta, quase de imediato às batidas.

Diretor (falando num tom, que podia ser ouvido do lado de fora da sua sala) – Pode entrar!

Nisso, adentram a sala a professora Carina, seguida por Diego, Aline, Angela, Scott, Mike e por último Nathália.

Carina (prestando continência) – Senhor, com a sua permissão...
Diretor (os observando com um olhar doce) – Podem descansar! E podem começar a me explicar, o que lhes traz aqui...
Diego (falando compulsivamente) - Nós viemos lhe ver...

CAM. focaliza o pé da professora, pisando do de Diego e logo após a cara de dor dele.

Carina (limpando a garganta) – Pois bem diretor, a minha intenção real, de vir até a sua sala, foi tão somente, para esclarecer, a ausência de uma aluna, dentro do nosso domínio acadêmico.
Diretor (olhando com certa curiosidade) – Como assim, a ausência de uma aluna?
Carina (falando num tom mais nervoso) – Isso que o senhor acabou de ouvir, uma das nossas alunas, sumiu de dentro da Academia e pelo que me consta, ela não foi chamada, para nenhuma atividade extra acadêmica ou alguma reunião, que solicitava a sua presença como parte do treinamento, que ela tinha feito.

[Abertura da série]

[Legenda do episódio de hoje “RUN!”]

[Em tela preta a imagem volta]


Diretor olha nos olhos da professora Carina.

Diretor – Bom, eu gostaria de falar, somente com a professora, vocês podem nos fazer o favor, de esperá-la do lado de fora?
Diego (fala com um tom de raiva) – Mas nós gostaríamos de estar presentes, fomos nós que detectamos a falta dela, dentro do estabelecido pelas normas.
Diretor (falando mansamente) – Eu lhe entendo meu caro e jovem rapaz, não sei se você se esqueceu ou está tão somente, assumindo um papel de ignorância, mas eu tenho um grande laço com a pessoa em questão, se estuda aqui, sempre terá a minha proteção e eu farei qualquer coisa, para manter em total segurança.
Angela (segura no braço de Diego) – Vamos sair, é melhor... quanto mais rápidos eles conversarem, mais rápido, nós vamos ter a Priscila de volta, eu tenho certeza.
Diretor – Sábia decisão, minha jovem.
Mike – É Diego, vamos deixar eles conversarem à sós, assim eles desenvolvem um plano para ir atrás dela.
Carina – Faça caso aos seus colegas.

Todos prestam continência ao Diretor e saem da sala, deixando a professora Carina e o Diretor a sós.

Carina – Senhor, o que nós devemos fazer nessa situação?
Diretor (com a mão no queixo) – Quem é a pessoa?
Carina (falando num tom pausado) – É um dos componentes, que foi designado, para manter em segurança a menina nova que chegou aqui.

CAM. focaliza a pupila do Diretor, que se dilata, ao ouvir que a pessoa que tinha desaparecido, fazia parte de um grupo especial, dentro da Academia. Volta a focalizar de longe a professora e o diretor.

Diretor (falando meio engasgado) – Não é possível, como um dos elementos, do grupo especial, desapareceu dentro do nosso terreno?
Carina – O espaço que nós temos, é bastante amplo, se não me engano o que eu ouvi falar, é que ela iria se dirigir a cumprir uma detenção.
Diretor (com uma cara de confuso) – Cumprir detenção? Quem foi que puniu um dos elementos mais valiosos da nossa academia?
Carina – Foi o professor de Educação Física, mas o senhor sabe que nós prometemos que não os trataríamos diferente dos outros, somente pela situação de risco, que eles sofrem.
Diretor – Eu quero que chamemos a nossa emergência e que comecem as buscas pelo elemento, o mais rápido possível, nós temos que encontrar antes que seja tarde demais!
Carina (presta uma continência) – Senhor, sim senhor!
Diretor – E me faça o favor de mandar aquele menino, que dirigiu a palavra à mim, entrar... necessito conversar com ele.
Carina – Senhor, sim senhor!
Diretor – Está dispensada.

[CORTA PARA O MEIO DA RODOVÍA ONDE PRISCILA E KEVIN ESTÃO DENTRO DO CARRO, SENDO PERSEGUIDOS]

Priscila – Kevin, nós temos que sair daqui de algum jeito, não vamos conseguir escapar.
Kevin (tentando manter a calma ao volante) – Nós vamos sair dessa sim, caso contrário eu mudarei meu nome, para... me ajuda com um novo nome?
Priscila (tentando rir, mas não conseguindo pelo nervosismo) – Isso não é hora de pensar num novo nome para você!
Kevin – Isso que eu chamo de otimismo.

Kevin acelera muito mais, quando vê que o carro do qual ele tinha quase escapado, aparece novamente no seu espelho retrovisor, logo atrás dele. Ele pisa novamente o acelerador, enquanto o carro faz um barulho fora do comum, sinalizando que está chegando ao seu limite.

Priscila – Kevin! Quanto tempo você acha que nós vamos agüentar fugir desse carro?
Kevin – Sem querer ser pessimista, mas não acredito que seja por muito tempo, por isso que eu queria o meu novo nome logo.
Priscila – Como assim, não muito tempo?
Kevin – Eu estou queimando o dobro de gasolina, daqui a pouco vai acabar.
Priscila – E nós vamos fazer o que?
Kevin – Quem sabe correr?
Priscila – CORRER?
Kevin – Claro, melhor do que ser capturada novamente, não acha?
Priscila – Eu acho que sim.

CAM. vista aérea da perseguição, os carros parecendo um pouco mais enfraquecidos do que no começo, porém, correndo um quase do lado do outro.

Kevin – Priscila, eu preciso que você confie plenamente em mim, mesmo sequer nós nos conhecemos, eu vou tentar fazer algo que eu nunca fiz antes.

CAM. focalizando do lado do motorista, de fora para dentro, as mãos de Kevin, segurando firmemente o volante do carro e uma parte do rosto de Priscila, que somente demonstra a tensão que ela está sentindo no momento.

Priscila (quase gaguejando) – Você pode fa... zer o que bem... entender, não me importo, desde que saiamos dessa situação terrível.

CAM. mostra que dos dois lado da rodovia, só existe árvores e mato. Volta para dentro do carro, focalizando o rosto dos dois.

Kevin – Então é o seguinte, eu vou jogar o carro, para o meio das árvores, mas nós vamos pular antes e sair correndo, eu conheço bem algumas trilhas por aqui, que dão perto da cidade mais próxima, você topa fazer isso?
Priscila – Kevin, eu faço qualquer coisa, desde que nós saiamos vivos dessa história toda, e eu vou confiar em você...
Kevin (um pouco mais aliviado ao ouvir a resposta de Priscila) – Obrigado, pelo voto de confiança... Só espera mais um pouco que eu estou tentando achar a entrada de uma das trilhas.
Priscila – Não vai ser muito óbvio isso?
Kevin – Não quando ela da praticamente num precipício.
Priscila – O QUEEEEEEEEEEEEEEEEE?!
Kevin – É, da quase num precipício, mas não te preocupa, eu sei como fazer.
Priscila – Claro foi super calmante, saber que a trilha da quase num precipício e o carro está a quase 200 kilômetros por hora e eu vou ter que pular de dentro do carro pelo jeito.
Kevin – Mais exatamente, pela janela... nós vamos pular pela janela.
Priscila – Sabia que isso, cada vez fica pior?
Kevin – Quem disse a você, que a vida é fácil? E eu preciso que você tire o cinto de segurança e que feche a janela.
Priscila (arregalando os olhos, sem entender) – Eu tirar o cinto e fechar a janela? Mas não era para eu pular pela janela? Como agora eu vou fechar ela?
Kevin (falando nervosamente) – Eu mudei de opinião fecha e tira o cinto, agora!
Escuta-se no fundo, o barulho de um cinto de segurança sendo solto.

Priscila (olhando para Kevin com um rosto de medo) – Já soltei o cinto e fechei a janela, mas você ainda não me falou o motivo para isso...

[CORTA PARA O LADO DE FORA DA SALA DO DIRETOR]

Carina (falando calmamente) – Diego, o diretor que te ver, imediatamente.
Diego (com uma cara de confusão) – Comigo? Mas eu não fiz nada.
Carina – Vá logo e deixe de perder tempo, ele não gosta que o deixem esperando, muito menos quando ele quer falar logo com a pessoa.

Diego entra na sala.

CAM. focalizando o rosto de não entendimento de Mike, Angela, Aline, Scott e Nathália.

Angela – Só eu fiquei curiosa ou tem mais pessoas?
Aline – Não Angela, eu também fiquei extremamente curiosa eu quero saber o que está acontecendo com o Diego lá dentro...
Mike – Não adianta ficar desse jeito, nós só vamos saber quando ele sair de dentro da sala.
Scott – É meninas, o Mike tem toda razão, nem adianta ficar com toda essa curiosidade, ele só vai poder falar quando sair.
Nathália – Scott fica calado... péssimo momento para você vir e dar alguma opinião, você não falou nada de aproveitável o dia inteiro e até agora as coisas só tem piorado pro teu lado.
Angela – Ela tem razão Scott, você não tem ajudado em basicamente nada hoje.
Scott – Vocês querem saber de uma coisa, eu desisto de andar com vocês, nem sei o que eu ainda faço perto de vocês, eu vou tentar ajudar a Priscila do meu jeito e não do de vocês.

CAM. mostra Scott saindo do hall de entrada da sala do diretor. E depois mostra rosto por rosto das pessoas que ficaram lá.

Angela – Gente eu vou atrás dele, eu fiquei preocupada.
Mike – É melhor você ir mesmo, ele é mais próximo de você.
Angela – Nem é isso, mas alguém tem que ir e como eu sei que vocês não vão mesmo, então eu vou me oferecer logo, antes que tenha que ser tirado no palitinho mesmo. (rindo)
Nathália – Eu perdi a cabeça, caramba... ele não fez nada o tempo todo e ainda quer falar alguma coisa, eu acho isso bem estúpido da parte dele.
Angela – Deixa que eu vá atrás dele, pelo menos para tentar entender o que ele está sentindo, a final... eles estão juntos.
Mike – Sem querer ser bem pessimista, mas ainda não temos certeza disso.
Aline – Mike vira essa boca para lá... que comentário mais sem noção o teu, cruzes!
Nathália – Eu espero que não seja tarde demais, para nada...

Angela sai de perto do grupo e vai andando no meio do corredor, procurando Scott.

Angela (gritando no meio do corredor) – Scott! Scott volta aqui!

CAM. mostra as costas de Scott, que continua a andar sem olhar para trás. Da uma pequena girada e mostra alguns alunos que observam a cena, sem compreender o motivo.

Angela (gritando) – Qual é cara, volta aqui, eu preciso conversar contigo.

Scott se vira e fica esperando Angela chegar perto dele.

Angela – Ainda bem que você parou de correr.
Scott (com um ar de nervosismo) – Oi Angela, pode falar o que você quiser, mas tem que ser rápido, eu preciso tomar algumas providências.
Angela – Eu vim falar contigo, por não achar justo você estar desse jeito, mas pelo visto você pouco está se lixando para o que eu penso, quer saber, deixa para lá, trate de resolver como bem entender.
Scott – Você vem atrás de mim para falar isso?
Angela – Não eu queria te ajudar, mas pelo visto não há necessidade alguma disso.

Ouve-se no fundo, bem baixinho, o barulho de um telefone vibrando. Scott tira ele de dentro do bolso da calça.

Scott - Preciso ir, tenho que atender esse telefonema.
Angela – Passar bem, Scott.

[CORTA PARA DENTRO DO CARRO ONDE PRISCILA E KEVIN ESTÃO]

Kevin – Priscila, você sabe nadar, mergulhar, prender a respiração por muito tempo debaixo da água?
Priscila – Se eu dizer que sei perfeitamente, eu estaria mentindo, mas eu agüento... mas qual é o motivo dessa pergunta?
Kevin – Você vai precisar de tudo isso...
Priscila – Nadar? Nós não íamos andar na trilha?
Kevin – Não usaria o termo andar... seria correr, mas antes de correr, nós vamos ter que pular dentro da água.
Priscila – Mas então, porque fechar a janela e soltar o cinto?
Kevin – Eu vou jogar o carro precipício abaixo.
Priscila – Nãoooooooooooooo!! Você ficou louco, nós vamos morrer desse jeito!
Kevin – Eu sei que é pedir muito mas eu preciso que você confie em mim.

Kevin olha através do espelho retrovisor e vê que o carro está se aproximando cada vez mais.

Kevin – Você topa ou nós vamos ter que continuar correndo deles, até a minha gasolina acabar completamente?
Priscila – Quanto tempo até que ela acabe?
Kevin – 5 minutos no máximo.
Priscila – Eu topo, não corre perigo de pedras?
Kevin – Vamos saber só quando chegarmos lá embaixo, qualquer coisa o carro não corre o risco dele explodir, não temos mais gasolina mesmo.


CAM. mostra Priscila, colocando a mão encima do ombro de Kevin.

Priscila – Eu espero que não tenhamos essa surpresa.
Kevin – Nem eu... Por via das dúvidas foi um prazer ter te conhecido, mesmo que nessa situação toda.
Priscila – Eu digo o mesmo e obrigada por tentar me ajudar, mesmo sem me conhecer direito.
Kevin – Tudo bem, eu acho que tive o que eu vim procurar.
Priscila – Como assim?
Kevin – Eu fugi de casa, atrás de aventuras, acho que consegui uma.


Eles começam a rir...

Kevin - A hora é agora, boa sorte para nós.

Ouve-se o carro acelerar mais ainda e se lançar ao nada.


CAM. em slow motion vemos o carro onde Priscila e Kevin estão dentro cair aos poucos no precipício, até que colide na água.

[FADE OUT]


[Música no fundo 4Ever – The Veronicas]


[Créditos rolando]


Elenco:

Keira Knightley como Priscila

Chris Evans como Mike

Sophia Bush como Aline

Tom Welling como Diego

Bethany Joy Lenz como Nathália

Kristen Bell como Angela


Convidados Especiais:


Jensen Ackles como Scott Davis

Diretor como Diretor

Matt Long como Kevin


Música Tema:

4Ever

Escrito por:

Wendy Finco e Luiz Felipe

Idéia Original:

Wendy Finco

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