domingo, 24 de fevereiro de 2008

1.12 – RUN! (Corra!)

1.12 – RUN! (Corra!)

[Fade in, a partir de tela preta]

[No fundo ouve-se a voz de Angela, enquanto está rolando cenas do capítulo anterior]

Angela – Anteriormente em 4Ever, Priscila consegue fugir do seu raptor, enquanto isso os meninos, ainda estão atrás de informações, à respeito do paradeiro de Priscila, mas o que ela realmente não esperava, era encontrar no meio da rodovia alguém que tivesse um caro e um celular, mas isso nem é tudo um mar de rosas, eles acabaram sendo encontrados e sendo perseguidos.

CAM. focaliza o grupo de amigos, que andam atrás da professora Carina e se dirigem à sala do diretor.

A professora bate na porta da sala dele e como resposta à sua batida, ouve-se do outro lado uma resposta, quase de imediato às batidas.

Diretor (falando num tom, que podia ser ouvido do lado de fora da sua sala) – Pode entrar!

Nisso, adentram a sala a professora Carina, seguida por Diego, Aline, Angela, Scott, Mike e por último Nathália.

Carina (prestando continência) – Senhor, com a sua permissão...
Diretor (os observando com um olhar doce) – Podem descansar! E podem começar a me explicar, o que lhes traz aqui...
Diego (falando compulsivamente) - Nós viemos lhe ver...

CAM. focaliza o pé da professora, pisando do de Diego e logo após a cara de dor dele.

Carina (limpando a garganta) – Pois bem diretor, a minha intenção real, de vir até a sua sala, foi tão somente, para esclarecer, a ausência de uma aluna, dentro do nosso domínio acadêmico.
Diretor (olhando com certa curiosidade) – Como assim, a ausência de uma aluna?
Carina (falando num tom mais nervoso) – Isso que o senhor acabou de ouvir, uma das nossas alunas, sumiu de dentro da Academia e pelo que me consta, ela não foi chamada, para nenhuma atividade extra acadêmica ou alguma reunião, que solicitava a sua presença como parte do treinamento, que ela tinha feito.

[Abertura da série]

[Legenda do episódio de hoje “RUN!”]

[Em tela preta a imagem volta]


Diretor olha nos olhos da professora Carina.

Diretor – Bom, eu gostaria de falar, somente com a professora, vocês podem nos fazer o favor, de esperá-la do lado de fora?
Diego (fala com um tom de raiva) – Mas nós gostaríamos de estar presentes, fomos nós que detectamos a falta dela, dentro do estabelecido pelas normas.
Diretor (falando mansamente) – Eu lhe entendo meu caro e jovem rapaz, não sei se você se esqueceu ou está tão somente, assumindo um papel de ignorância, mas eu tenho um grande laço com a pessoa em questão, se estuda aqui, sempre terá a minha proteção e eu farei qualquer coisa, para manter em total segurança.
Angela (segura no braço de Diego) – Vamos sair, é melhor... quanto mais rápidos eles conversarem, mais rápido, nós vamos ter a Priscila de volta, eu tenho certeza.
Diretor – Sábia decisão, minha jovem.
Mike – É Diego, vamos deixar eles conversarem à sós, assim eles desenvolvem um plano para ir atrás dela.
Carina – Faça caso aos seus colegas.

Todos prestam continência ao Diretor e saem da sala, deixando a professora Carina e o Diretor a sós.

Carina – Senhor, o que nós devemos fazer nessa situação?
Diretor (com a mão no queixo) – Quem é a pessoa?
Carina (falando num tom pausado) – É um dos componentes, que foi designado, para manter em segurança a menina nova que chegou aqui.

CAM. focaliza a pupila do Diretor, que se dilata, ao ouvir que a pessoa que tinha desaparecido, fazia parte de um grupo especial, dentro da Academia. Volta a focalizar de longe a professora e o diretor.

Diretor (falando meio engasgado) – Não é possível, como um dos elementos, do grupo especial, desapareceu dentro do nosso terreno?
Carina – O espaço que nós temos, é bastante amplo, se não me engano o que eu ouvi falar, é que ela iria se dirigir a cumprir uma detenção.
Diretor (com uma cara de confuso) – Cumprir detenção? Quem foi que puniu um dos elementos mais valiosos da nossa academia?
Carina – Foi o professor de Educação Física, mas o senhor sabe que nós prometemos que não os trataríamos diferente dos outros, somente pela situação de risco, que eles sofrem.
Diretor – Eu quero que chamemos a nossa emergência e que comecem as buscas pelo elemento, o mais rápido possível, nós temos que encontrar antes que seja tarde demais!
Carina (presta uma continência) – Senhor, sim senhor!
Diretor – E me faça o favor de mandar aquele menino, que dirigiu a palavra à mim, entrar... necessito conversar com ele.
Carina – Senhor, sim senhor!
Diretor – Está dispensada.

[CORTA PARA O MEIO DA RODOVÍA ONDE PRISCILA E KEVIN ESTÃO DENTRO DO CARRO, SENDO PERSEGUIDOS]

Priscila – Kevin, nós temos que sair daqui de algum jeito, não vamos conseguir escapar.
Kevin (tentando manter a calma ao volante) – Nós vamos sair dessa sim, caso contrário eu mudarei meu nome, para... me ajuda com um novo nome?
Priscila (tentando rir, mas não conseguindo pelo nervosismo) – Isso não é hora de pensar num novo nome para você!
Kevin – Isso que eu chamo de otimismo.

Kevin acelera muito mais, quando vê que o carro do qual ele tinha quase escapado, aparece novamente no seu espelho retrovisor, logo atrás dele. Ele pisa novamente o acelerador, enquanto o carro faz um barulho fora do comum, sinalizando que está chegando ao seu limite.

Priscila – Kevin! Quanto tempo você acha que nós vamos agüentar fugir desse carro?
Kevin – Sem querer ser pessimista, mas não acredito que seja por muito tempo, por isso que eu queria o meu novo nome logo.
Priscila – Como assim, não muito tempo?
Kevin – Eu estou queimando o dobro de gasolina, daqui a pouco vai acabar.
Priscila – E nós vamos fazer o que?
Kevin – Quem sabe correr?
Priscila – CORRER?
Kevin – Claro, melhor do que ser capturada novamente, não acha?
Priscila – Eu acho que sim.

CAM. vista aérea da perseguição, os carros parecendo um pouco mais enfraquecidos do que no começo, porém, correndo um quase do lado do outro.

Kevin – Priscila, eu preciso que você confie plenamente em mim, mesmo sequer nós nos conhecemos, eu vou tentar fazer algo que eu nunca fiz antes.

CAM. focalizando do lado do motorista, de fora para dentro, as mãos de Kevin, segurando firmemente o volante do carro e uma parte do rosto de Priscila, que somente demonstra a tensão que ela está sentindo no momento.

Priscila (quase gaguejando) – Você pode fa... zer o que bem... entender, não me importo, desde que saiamos dessa situação terrível.

CAM. mostra que dos dois lado da rodovia, só existe árvores e mato. Volta para dentro do carro, focalizando o rosto dos dois.

Kevin – Então é o seguinte, eu vou jogar o carro, para o meio das árvores, mas nós vamos pular antes e sair correndo, eu conheço bem algumas trilhas por aqui, que dão perto da cidade mais próxima, você topa fazer isso?
Priscila – Kevin, eu faço qualquer coisa, desde que nós saiamos vivos dessa história toda, e eu vou confiar em você...
Kevin (um pouco mais aliviado ao ouvir a resposta de Priscila) – Obrigado, pelo voto de confiança... Só espera mais um pouco que eu estou tentando achar a entrada de uma das trilhas.
Priscila – Não vai ser muito óbvio isso?
Kevin – Não quando ela da praticamente num precipício.
Priscila – O QUEEEEEEEEEEEEEEEEE?!
Kevin – É, da quase num precipício, mas não te preocupa, eu sei como fazer.
Priscila – Claro foi super calmante, saber que a trilha da quase num precipício e o carro está a quase 200 kilômetros por hora e eu vou ter que pular de dentro do carro pelo jeito.
Kevin – Mais exatamente, pela janela... nós vamos pular pela janela.
Priscila – Sabia que isso, cada vez fica pior?
Kevin – Quem disse a você, que a vida é fácil? E eu preciso que você tire o cinto de segurança e que feche a janela.
Priscila (arregalando os olhos, sem entender) – Eu tirar o cinto e fechar a janela? Mas não era para eu pular pela janela? Como agora eu vou fechar ela?
Kevin (falando nervosamente) – Eu mudei de opinião fecha e tira o cinto, agora!
Escuta-se no fundo, o barulho de um cinto de segurança sendo solto.

Priscila (olhando para Kevin com um rosto de medo) – Já soltei o cinto e fechei a janela, mas você ainda não me falou o motivo para isso...

[CORTA PARA O LADO DE FORA DA SALA DO DIRETOR]

Carina (falando calmamente) – Diego, o diretor que te ver, imediatamente.
Diego (com uma cara de confusão) – Comigo? Mas eu não fiz nada.
Carina – Vá logo e deixe de perder tempo, ele não gosta que o deixem esperando, muito menos quando ele quer falar logo com a pessoa.

Diego entra na sala.

CAM. focalizando o rosto de não entendimento de Mike, Angela, Aline, Scott e Nathália.

Angela – Só eu fiquei curiosa ou tem mais pessoas?
Aline – Não Angela, eu também fiquei extremamente curiosa eu quero saber o que está acontecendo com o Diego lá dentro...
Mike – Não adianta ficar desse jeito, nós só vamos saber quando ele sair de dentro da sala.
Scott – É meninas, o Mike tem toda razão, nem adianta ficar com toda essa curiosidade, ele só vai poder falar quando sair.
Nathália – Scott fica calado... péssimo momento para você vir e dar alguma opinião, você não falou nada de aproveitável o dia inteiro e até agora as coisas só tem piorado pro teu lado.
Angela – Ela tem razão Scott, você não tem ajudado em basicamente nada hoje.
Scott – Vocês querem saber de uma coisa, eu desisto de andar com vocês, nem sei o que eu ainda faço perto de vocês, eu vou tentar ajudar a Priscila do meu jeito e não do de vocês.

CAM. mostra Scott saindo do hall de entrada da sala do diretor. E depois mostra rosto por rosto das pessoas que ficaram lá.

Angela – Gente eu vou atrás dele, eu fiquei preocupada.
Mike – É melhor você ir mesmo, ele é mais próximo de você.
Angela – Nem é isso, mas alguém tem que ir e como eu sei que vocês não vão mesmo, então eu vou me oferecer logo, antes que tenha que ser tirado no palitinho mesmo. (rindo)
Nathália – Eu perdi a cabeça, caramba... ele não fez nada o tempo todo e ainda quer falar alguma coisa, eu acho isso bem estúpido da parte dele.
Angela – Deixa que eu vá atrás dele, pelo menos para tentar entender o que ele está sentindo, a final... eles estão juntos.
Mike – Sem querer ser bem pessimista, mas ainda não temos certeza disso.
Aline – Mike vira essa boca para lá... que comentário mais sem noção o teu, cruzes!
Nathália – Eu espero que não seja tarde demais, para nada...

Angela sai de perto do grupo e vai andando no meio do corredor, procurando Scott.

Angela (gritando no meio do corredor) – Scott! Scott volta aqui!

CAM. mostra as costas de Scott, que continua a andar sem olhar para trás. Da uma pequena girada e mostra alguns alunos que observam a cena, sem compreender o motivo.

Angela (gritando) – Qual é cara, volta aqui, eu preciso conversar contigo.

Scott se vira e fica esperando Angela chegar perto dele.

Angela – Ainda bem que você parou de correr.
Scott (com um ar de nervosismo) – Oi Angela, pode falar o que você quiser, mas tem que ser rápido, eu preciso tomar algumas providências.
Angela – Eu vim falar contigo, por não achar justo você estar desse jeito, mas pelo visto você pouco está se lixando para o que eu penso, quer saber, deixa para lá, trate de resolver como bem entender.
Scott – Você vem atrás de mim para falar isso?
Angela – Não eu queria te ajudar, mas pelo visto não há necessidade alguma disso.

Ouve-se no fundo, bem baixinho, o barulho de um telefone vibrando. Scott tira ele de dentro do bolso da calça.

Scott - Preciso ir, tenho que atender esse telefonema.
Angela – Passar bem, Scott.

[CORTA PARA DENTRO DO CARRO ONDE PRISCILA E KEVIN ESTÃO]

Kevin – Priscila, você sabe nadar, mergulhar, prender a respiração por muito tempo debaixo da água?
Priscila – Se eu dizer que sei perfeitamente, eu estaria mentindo, mas eu agüento... mas qual é o motivo dessa pergunta?
Kevin – Você vai precisar de tudo isso...
Priscila – Nadar? Nós não íamos andar na trilha?
Kevin – Não usaria o termo andar... seria correr, mas antes de correr, nós vamos ter que pular dentro da água.
Priscila – Mas então, porque fechar a janela e soltar o cinto?
Kevin – Eu vou jogar o carro precipício abaixo.
Priscila – Nãoooooooooooooo!! Você ficou louco, nós vamos morrer desse jeito!
Kevin – Eu sei que é pedir muito mas eu preciso que você confie em mim.

Kevin olha através do espelho retrovisor e vê que o carro está se aproximando cada vez mais.

Kevin – Você topa ou nós vamos ter que continuar correndo deles, até a minha gasolina acabar completamente?
Priscila – Quanto tempo até que ela acabe?
Kevin – 5 minutos no máximo.
Priscila – Eu topo, não corre perigo de pedras?
Kevin – Vamos saber só quando chegarmos lá embaixo, qualquer coisa o carro não corre o risco dele explodir, não temos mais gasolina mesmo.


CAM. mostra Priscila, colocando a mão encima do ombro de Kevin.

Priscila – Eu espero que não tenhamos essa surpresa.
Kevin – Nem eu... Por via das dúvidas foi um prazer ter te conhecido, mesmo que nessa situação toda.
Priscila – Eu digo o mesmo e obrigada por tentar me ajudar, mesmo sem me conhecer direito.
Kevin – Tudo bem, eu acho que tive o que eu vim procurar.
Priscila – Como assim?
Kevin – Eu fugi de casa, atrás de aventuras, acho que consegui uma.


Eles começam a rir...

Kevin - A hora é agora, boa sorte para nós.

Ouve-se o carro acelerar mais ainda e se lançar ao nada.


CAM. em slow motion vemos o carro onde Priscila e Kevin estão dentro cair aos poucos no precipício, até que colide na água.

[FADE OUT]


[Música no fundo 4Ever – The Veronicas]


[Créditos rolando]


Elenco:

Keira Knightley como Priscila

Chris Evans como Mike

Sophia Bush como Aline

Tom Welling como Diego

Bethany Joy Lenz como Nathália

Kristen Bell como Angela


Convidados Especiais:


Jensen Ackles como Scott Davis

Diretor como Diretor

Matt Long como Kevin


Música Tema:

4Ever

Escrito por:

Wendy Finco e Luiz Felipe

Idéia Original:

Wendy Finco

domingo, 17 de fevereiro de 2008

1.11 – The Escape (A Fuga)








[Fade in, a partir de tela preta]




[No fundo ouve-se a voz de Aline, enquanto está rolando cenas do capítulo anterior]

Aline – Anteriormente em 4Ever, enquanto o grupo tenta elaborar hipóteses do paradeiro de Priscila, ela consegue escapar da casa, onde ela tinha sido presa, e consegue correr até uma mata, que tem por perto.


CAM. focaliza de frente Priscila correndo, fica mais próximo do seu rosto e mostra que ela está meio suada. A câmera passa por ela e vai até atrás, onde se encontra o homem que está correndo atrás dela.

Homem 1 (gritando) – Volta aqui garotaaaaaaaaaaaaaaa!!!

CAM. mostra que o homem para de correr atrás de Priscila e se encosta numa árvore.

[CORTA PARA A ACADEMIA MILITAR GEORGE WASHINGTON]

Mike – Nós temos que fazer alguma coisa
Angela – Mas o que?
Aline – Ótima pergunta, pelo menos temos alguém bem realista neste lugar.
Nathália – Nós temos que comunicar que ela desapareceu, a alguém neste lugar.
Diego – Eu concordo contigo Nathy... nós temos que avisar a alguém.
Aline – Mas que alguém?
Mike – Nós podemos avisar para a professora Carina, eu tenho certeza, de que ela vai nos ajudar.
Aline – Essa mulher me da medo.
Angela – Ela não da medo, ela só é... exigente??

[Abertura da série]

[Legenda do episódio de hoje “The Escape”]

[Em tela preta a imagem volta]

Nathália – Exigente? Eu acho que ela é um pouco mais que isso...

[CORTA PARA O MEIO DA MATA]

CAM. mostra as costas de Priscila, que ainda está correndo, ela dá uma olhada para trás e para meio ofegante. A camera da um giro de 360 graus ao redor de Priscila, que volta a correr, desesperadamente.

Se passam uns 30 minutos e Priscila continua correndo no meio da mata, até que ela consegue chegar a uma rodovia, onde nenhum carro passava no momento.

[CORTA PARA O MEIO DO PÁTIO, DA ACADEMIA MILITAR GEORGE WASHINGTON]

Mike – Então vamos nessa galera, vamos falar com a professora, mesmo ela sendo uma pegadora de pé, nós precisamos contar para alguém de confiança e eu confio nela.

CAM. mostra Scott que se aproxima novamente do grupo, depois de ter falado durante um bom tempo no celular.

Scott (com uma cara de certa confusão) – Para onde vocês estão indo?
Nathália – Nós vamos comunicar o desaparecimento de Priscila à professora Carina, todos nós chegamos à conclusão de que ela saberá que medidas tomar em relação a esse problema.
Mike – Faz muito tempo que ela sumiu e nós ainda não nos mexemos para fazer nada.
Scott – Qual é galera! Daqui a pouco ela aparece, também não da para fazer uma tempestade num copo de água, francamente!
Diego (com uma cara de revoltado) – Francamente digo eu! Nós somente somos amigos dela e estamos mais preocupados que você, que supostamente é o namorado. E, aliás, desde quando o fato de se preocupar com uma pessoa desaparecida, é fazer tempestade em copo de água? Ta maluco? Mas tudo bem, eu acho que vou ter que repetir a nossa situação, para ver se você consegue captar a idéia do problema! Priscila está desaparecida e nós nos preocupar com ela, não é fazer tempestade em copo de água, compreende ou vai precisar de mais explicação?

CAM. focaliza o rosto de Angela, que nesse mesmo instante ao ouvir o que Diego está falando, afirma com a cabeça, positivamente. (um sinal de afirmação)

Scott – Ela desapareceu mesmo ou ela só deu uma pequena saída?
Aline – Scott, ninguém sai daqui de dentro durante a semana, esqueceu... que são ordens da própria academia?
Scott – Aline... Aline, aí você está errando, ninguém pode sair durante a semana, salvo com a condição que, aconteça uma situação adversa ou algum superior chame o aluno, com isso ele é obrigado a ir ao lugar destinado.
Mike – É gente, ele nesse ponto, tem total razão, vai ver que ela foi chamada, por alguns dos superiores, para receber alguma informação extra?
Diego – Mas ela teria avisado, ela não é de sumir desse jeito, nunca foi.
Nathália – Deixa ver se eu entendi corretamente, quer dizer que neste exato momento, enquanto nós nos descabelamos, por não saber o paradeiro dela, ela simplesmente pode estar dentro de uma sala com ar-condicionado, sentada numa poltrona fofinha... em alguma reunião?
Scott – Possivelmente... mas nada que nós possamos confirmar, pelo menos por enquanto.
Angela – Mesmo assim, isso não é garantia nenhuma e nós ainda estamos sem saber o paradeiro dela, e se ela se encontra de verdade em segurança. Eu ainda apoio a idéia de nós falarmos com a professora Carina, ela sempre sabe de tudo, que acontece dentro e fora desse recinto, ninguém sai, sem que ela fique sabendo.
Diego (com um sorriso de satisfação, fora do comum) – Eu apoio a idéia também, é melhor prevenir, que ela está bem do que remediar, caso ela não se encontre bem.
Mike – Bom, eu acredito, que não irá nos acontecer nada demais, se nós perguntarmos a ela se tem alguma informação, mesmo que ela não nos fale do real paradeiro, pelo menos vai poder nos informar, se ela está ou não em segurança, por mim, nós vamos perguntar sim.
Aline – Então, o que nós estamos esperando aqui? Vamos logo, quanto mais rápido soubermos notícias, mais rápido o nosso coração fica aliviado.

CAM. mostra todos caminhando em direção à parte interna do colégio. Fica bem perto de Diego, que se vira e fica de frente para Scott.

Diego (olha para Scott) – Ei cara, você vai ficar aí ou você vai nos acompanhar até a sala da professora?

Todos nesse instante se viram, para ver o diálogo entre Diego e Scott.

Scott – Vou sim (andando em direção ao grupo).

[CORTA PARA O MEIO DA RODOVIA]

CAM. está meio distante e vai se aproximando de uma pessoa que está sentada, do lado do acostamento.

Priscila (falando em voz alta) – Droga, eu estou no meio do nada, sem celular, sem saber sequer onde eu estou como eu vou conseguir sair desta...

CAM. da um giro de 180º e coloca à mostra um carro (Volvo) azul marinho, em alta velocidade, indo em direção à Priscila. Dentro se vê um rapaz que aparenta ter uns 19 anos, que freia bruscamente quando vê a pessoa sentada no acostamento da estrada. Mostra ele saindo do carro e olhando para Priscila.

Rapaz (tirando os óculos de sol do rosto) – Oi?
Priscila (levantando o rosto e tampando com uma mão os seus olhos, para não bater o sol) – Oi, você é de verdade... ou é uma miragem?
Rapaz (tentando conter o riso) – Eu ainda acho que sou de verdade, mas será... que nós estamos num mundo alternativo e você é uma bela dama, que apareceu, para alegrar o meu dia?
Priscila (levantando do chão) – Eu bela dama, nesse estado catastrófico que eu me encontro?
Rapaz (olha ela de cima para baixo e de baixo para cima) – Até que nem está tão ruim, para mim continua sendo uma bela dama, (estende a mão para cumprimentar), eu sequer me apresentei, meu nome é Kevin.
Priscila (olha meio curiosa para o rapaz, que se encontra na frente dela, cumprimentando) – Você falou que nem se apresentou, mas eu também, não me apresentei... o meu é Priscila, fazer Kevin.
Kevin Matt Long - Mas eu não sei o que você, bela dama... está fazendo neste fim de mundo, sozinha e andando â pé, o teu carro por acaso quebrou ou alguma coisa nesse sentido?
Priscila (tentando esconder uma risada, que logo após sai sem querer) – Eu tenho quase certeza, que você não irá acreditar em mim, mas eu vou tentar...
Kevin (interrompendo a fala de Priscila) – Perdão por te interromper, mas se você começa praticamente, te desacreditando, como eu irei acreditar?
Priscila (fica meio corada) – Não foi isso que eu quis transmitir, mas se você interpretou por esse lado, eu fico meio constrangida.
Kevin (sorrindo) – Não tudo bem, eu só estou tentando quebrar o gelo, que existe entre nós dois, você me parece ser uma boa pessoa, não pensaria nada a teu respeito, sem antes te conhecer de verdade.
Priscila (ainda meio corada) – Nunca tinha conhecido esse método de quebrar gelo com as pessoas, mas está valendo, eu acredito...
Kevin (sorrindo) – Não precisa ficar com vergonha, se você neste exato momento, me falar que é um ET, eu irei acreditar em você, basta falar.
Priscila (começando a se soltar, sorrindo) – Não eu não cheguei nessa parte de ser um ET, mas digamos que eu estou perdida no meio do nada e não sei como voltar para a minha escola.
Kevin (olha meio de lado para ela, com cara confusa) – E como você veio parar aqui e para onde você vai?
Priscila – Longa história, mas eu preciso chegar na Academia Militar George Washington ou pelo menos até um telefone próximo, preciso me comunicar com alguém.

[CORTA PARA A SALA DA PROFESSORA CARINA]

Diego, Nathália, Mike, Scott, Aline e Angela, entram na sala da professora Carina, em fila indiana, conversando alto.

Carina (com um ar irritado) – O que vocês pensam que são para entrar fazendo essa algazarra na minha sala?
Scott (olha diretamente para ela e presta continência) – Perdão Senhora!
Carina (falando grosseiramente) – Perdão? Vocês invadem a minha sala, parecendo uns animais desgovernados e ainda pedem perdão? Façam-me o favor de se retirar da minha sala imediatamente! Angela, logo você, metida com essa gangue, eu não imaginava nada disso!
Angela (baixa os olhos e foca o chão) – Não professora, eu não estou metida no meio de nenhuma gangue, pelo contrário...
Carina (com raiva) – Eu não quero saber, você caiu bastante no meu conceito, aparecendo com essas criaturas na minha sala, como se isso aqui fosse uma fera ao ar livre!
Mike (falando num tom baixo) – Com todo o respeito que nós temos pela Senhora, professora Carina, nós viemos aqui com o intuito de nos informar a respeito do paradeiro de uma pessoa.
Carina (baixa um pouco o tom de voz) – Paradeiro de uma pessoa? Vocês andaram fumando alguma coisa por acaso?
Diego – Não professora, nós viemos nos informar, se a senhora por acaso, saberia nos dizer onde se encontra Priscila.
Carina (uma cara de surpresa) – Mas que tipo de pergunta é essa? Todos os alunos estão neste recinto.
Nathália – Licença professora, mas a senhora tem certeza que ninguém deixou a Academia hoje, em hipótese alguma?
Carina (arqueia uma sobrancelha) – Eu vou conferir isso, um segundo. (pega o telefone e começa a falar com alguém no outro lado)

Enquanto a professora fala pelo telefone, o grupo fala baixinho entre si.

Angela (sussurrando) – Ela não tem noção do que está acontecendo, isso quer dizer que, ela está desaparecida mesmo.
Nathália (falando bem baixo) – Angela tem razão e eu estou ficando cada vez mais preocupada com ela, faz muito tempo que ela sumiu.
Diego – O que nós vamos fazer agora?
Mike – Nós temos que manter a calma, nos desesperar não irá resolver e nem trazer ela de volta.
Scott – Eu concordo plenamente com o Mike, não adianta ficar arrancando os cabelos.
Diego – Resolveu se manifestar?
Angela – Diego, não provoca, por favor... a situação está bem ruim e você ainda fica implicando com o cara? É melhor ficar quieto.
Aline – É Diego, não complica mais a coisa faz o favor!

A professora desliga o telefone e olha para o grupo, que prontamente ficam parados em posição de continência.

Carina – Podem descansar!
Scott – Então professora, alguém saiu do colégio hoje?
Carina – Primeiro me esclareçam, quem vocês acham que saiu daqui de dentro?
Mike – Nós estamos atrás da Priscila.
Angela – É ela ficou de me encontrar no campo, para iniciar a detenção dela, que seria na equipe de treino, eu passei uma hora esperando por ela e nada.
Scott – E ela tinha se despedido de mim e me avisado, que ia para a detenção.
Nathália – E até agora, ela não apareceu.
Carina (com um ar de preocupação no rosto) – Ninguém saiu daqui de dentro...

CAM. mostra a cara da desespero de um por um, passa o rosto de cada um em slow motion e volta ao normal.

[CORTA PARA O MEIO DA RODOVÍA ONDE PRISCILA E KEVIN CONVERSAM]

Kevin – Eu tenho um celular, você pode usar para se comunicar com alguém que você quiser, eu só não sei se está tendo sinal aqui, nesse lugar mais que deserto, se tiver sinal, vai ser ótimo!
Priscila (abrindo um sorriso) – Isso seria ótimo, tem como você me emprestar o teu celular?
Kevin (tirando um celular de dentro do bolso da calça, entendendo) – Claro, fique a vontade, para ligar.
Priscila (sorrindo) – Obrigada! (olha para o celular, que diz ‘sem serviço’). Droga ele está sem serviço.
Kevin (faz uma cara de desanimado) – Nesse fim de mundo, só poderia estar sem serviço mesmo.

CAM. focaliza um carro que faz uma curva bem perigosa e vem em alta velocidade, um homem coloca a cabeça para fora do carro. Da um giro de 360 graus e mostra a cara de Priscila, que é de total descrença.

Priscila (gritando) – Kevin nós temos que fugir desses homes (começa a correr), veeem!!!

CAM. mostra eles entrando dentro do carro e Kevin ligando o carro.

Kevin (meio desnorteado) – O que eu faço?
Priscila (gritando nervosa) – Nos tira daqui o mais rápido possível, vamooos

Kevin acelera o carro o mais rápido possível, dirigindo no meio da rodovia.

Kevin – Priscila, quem são eles?
Priscila – Eles são malvados e me seqüestraram...
Kevin – O QUE?!
Priscila – Anda!!!

CAM. mostra numa vista aera os dois carros em alta velocidade no meio rodovia, o que vem logo atrás do carro onde Priscila e Kevin estão, encosta bastante no carro deles e bate de leve nele.

Priscila (gritando de medo) – Keeeevin, nós vamos morrer!
Kevin (mantendo os olhos na estrada) – Eu vou nos tirar dessa situação, agüenta firme.

CAM. mostra com uma vista aérea o carro onde Kevin e Priscila estão, acelerando mais ainda, da uma distância do carro que os persegue e dá um cavalo de pau virando e indo na direção contrária ao que eles estavam tomando.

Priscila – Nós estamos indo para onde? Eu estou morrendo de medo!
Kevin – Eu estou tentando nos tirar dessa enrascada!

[CORTA PARA A SALA DA PROFESSORA CARINA]

Angela – Impossível professora, Priscila não se encontra aqui, nós procuramos em todos os lugares possíveis e impossíveis!
Carina – Eu vou falar com o Diretor, para ver o que nós podemos fazer, me acompanhem!

[FADE OUT]



[Música no fundo 4Ever – The Veronicas]



[Créditos rolando]


Elenco:



Keira Knightley como Priscila


Chris Evans como Mike


Sophia Bush como Aline


Tom Welling como Diego


Bethany Joy Lenz como Nathália



Convidados Especiais:


Jensen Ackles como Scott Davis



Kristen Bell como Angela


Homem 1 como Homem 1

Matt Long como Kevin



Música Tema:


4Ever




Escrito por:


Wendy Finco e Luiz Felipe




Idéia Original:


Wendy Finco