sexta-feira, 2 de maio de 2008

1.14 – HOME PART 1 (Casa Parte 1)

1.14 – HOME! PART 1 (Casa! Parte 1)

[Fade in, a partir de tela preta]

[No fundo ouve-se a voz de Diego, enquanto está rolando cenas do capítulo anterior]

Diego – Anteriormente em 4ever, os seqüestradores continuam na cola de Kevin e Priscila, enquanto Angela, faz uma semi revelação, bem assustadora para o resto da turma, que estava esperando que o Diretor terminasse de falar comigo.

CAM. focaliza bem de perto o rosto de Priscila, da um close no olho dela, que se abre rapidamente. E logo da um giro e focaliza o sorriso de Kevin.

Kevin (com os olhos brilhando) – Você está viva.
Priscila (falando com um pouco de dificuldade) – Sim, eu acho que estou...

Kevin levanta um pouco o corpo de Priscila e a fica segurando, contra o peito dele, abraçando-a.

Kevin (com os olhos brilhando, ainda) – Eu pensei, que você... estivesse morta, você quer me matar do coração, ficando sem me responder?
Priscila (com os olhos cheio de lágrimas, mas com um pequeno sorriso no rosto) – Eu que pensei que tinha morrido e tinha encontrado a luz no fim do túnel, quando eu vi o clarão... Kevin fui eu que saí de dentro do carro sozinha ou foi você que me tirou de lá?
Kevin (se afasta um pouco dela) – Não, se dependesse de você, ia virar peixinho ou não sei outro jeito de não morrer lá dentro... eu prometi a você, que iria te tirar, você meio que apagou, logo após segurar o meu braço.

[Abertura da série]

[Legenda do episódio de hoje “Home!”]

[Em tela preta a imagem volta]

[CORTA PARA O LADO EXTERIOR DA SALA DO DIRETOR]


Nathália – Gente, eu vou atrás do Scott, para conseguir alguma informação com tudo isso, eu estou chocada ainda...
Mike (ainda com o rosto meio pálido) – Tudo bem, eu acho que da para conseguir alguma coisa, andando junto com ele, não acho que ele vá desconfiar de você.
Angela – É uma boa idéia mesmo, ele ter alguém na cola dele, eu até tentaria, mas ele não foi muito amigável comigo, então eu desisto.

Nathália sai da sala e parte em direção ao corredor, onde some no meio de vários alunos, que transitam.

Mike – Angela, eu ainda não acredito, que ele seja capaz de ter mandado seqüestrarem, a própria namorada, a família dele é super tradicional, está metida em tudo quando é buraco, desde o senado, até uma indústria petroquímica.
Angela – Mike, eu estou te falando do que eu ouvi, mas eu não disse que era para ela ter sido seqüestrada, eu disse que ele queria que a mandassem de volta e o quanto antes possível.
Aline – Ok gente, eu não estou entendendo mais nada, mas nem se importem, uma hora, eu vou conseguir acompanhar o assunto dos dois (olha para o seu relógio), e sem querer desviar o assunto, mas já desviando, por mero acaso... eu acho que Diego, já passou tempo demais lá dentro com o diretor e eu estou ficando preocupada, vocês não?
Angela (olhando para Aline, abre um pequeno sorriso) – Eu também estou bem preocupada com a demora dele, mas não existe nada que nós possamos fazer, estamos com as mãos atadas, o diretor é o diretor, não da para fazer nada contra isso, mas olha se você quiser entender o que o Mike e eu estamos falando eu posso explicar o que está acontecendo... é o seguinte.
Aline (sorrindo) – Tudo bem Angela, eu só estava brincando mesmo, eu nem sei se mesmo entendo tenho condições de acompanhar a linha de raciocínio de vocês
Mike – Angela, eu não consigo assimilar, ele fazendo parte de uma coisa dessas, um seqüestro, você sabe o quanto isso é terrível, se descobrem?
Aline (olhando para o seu relógio) – Gente é sério... eu sei que o papo está ‘cult’, até demais entre vocês dois, mas o Diego continua lá dentro e faz muito tempo já, alguém quer parar para poder entender o que está acontecendo com ele também, mesmo ele estando em segurança, não é menos importante. Será que aconteceu alguma coisa com ele.
Mike – É verdade Aline, eu estava ao mesmo tempo falando mas pensando nele, eu não sei o motivo do diretor ficar prendendo o Diego lá dentro, ele não sabe de nada, quem deveria estar lá dentro ela o Scott

[CORTA PARA O MEIO DA MATA]

Homem 2 (resmungando) – Eu agora, estou vendo, que a idéia de pular lá de cima, até que não teria sido uma má idéia.
Homem 1 – O que te impediu de pular?
Homem 2 – Nem quero responder a essa pergunta mais que idiota.
Homem 1 – Idiota, é você... que está quase chegando ao local e ainda pensa em algo, que nem sendo a última alternativa do mundo, você iria fazer. Agora chega! Para de reclamar.

[CORTA PARA A MARGEM DO RIO]

Kevin – Pri, agora vem à segunda parte da fuga, nós temos que sair daqui e logo, os caras a essa altura, já devem estar mais que atrás de nós.
Priscila – Nós temos que ir agora, quer dizer... neste exato minuto?
Kevin – Sim, nesse exato minuto... ou as coisas podem ficar feias para nós e ter jogado o carro lá de cima e arriscar a nossa vida com isso, pode ser em vão, eu acho que ninguém aqui, quer ser pego, por aqueles caras... eu não quero, você quer?
Priscila – Não, eu não quero também, é melhor nós irmos mesmo, vamos?
Kevin - Eu acho que entendi o motivo da tua pergunta...
Priscila – Que pergunta?
Kevin - Se nós tínhamos que ir agora... Pri, você agüenta caminhar ou está complicado?
Priscila – Acho que agüento sim... (abrindo um sorriso bem pequeno)

Kevin se levanta um pouco e estende um braço para segurar Priscila.

Kevin – Se você não se importar... (se abaixa um pouco e pega Priscila nos seus braços, a segurando), tenta se segurar no meu pescoço, assim vai ficar mais fácil, para eu andar e te levar, de uma maneira mais confortável.
Priscila (se segura no pescoço de Kevin e encosta a cabeça dela no ombro dele) – Muito obrigada Kevin, depois de tudo que você já tem feito, eu sei que não vou ter que como fazer alguma coisa, para compensar, mas você tem a minha eterna gratidão, pode parecer pouca coisa, mas para mim, significa muito.
Kevin (segurando Priscila nos seus braços) – Não tem o que agradecer Priscila e, aliás, claro que isso vale muita coisa para mim também. Agora, se você não se importa... vamos andando, quer dizer... deixa eu ir andando contigo. (rindo)

Priscila abre um sorriso, Kevin começa a andar com ela nos braços se dirigindo até a mata.

[CORTA PARA O MEIO DA MATA]

Homem 1 – Eu já estou começando a ouvir o barulho da água...
Homem 2 – É, da para sentir, pelo crescimento da umidade no ar.
Homem 1 (falando sarcasticamente) – E desde quando você é o homem do tempo?
Homem 2 (com uma cara emburrada) – Desde que você virou o cara mais sábio do mundo, não percebeu? Deixa de burrice cara, você sente um clima totalmente diferente, quando vai se chegando perto de um rio, quem te vê falando desse jeito, até pensa que você nunca morou perto de um rio... aliás, que morou debaixo de uma ponte.
Homem 1 (rindo debochadamente) – Cara, você quer bancar o sabido... mas deixa eu te lembrar de uma coisa... você não é nem um pouco esperto irmãozinho, nada do que você fizer vai mudar essa realidade grotesca tua.
Homem 2 – Realidade grotesca é a que tu mora cara, em vez de tentar ser alguém descente nessa única vida que se tem, você prefere bancar o “esperto” (fazendo sinal com as mãos de “aspas”)... mas que no fundo, até uma criancinha consegue te enganar facilmente. De qualquer maneira (aponta para um pequeno lugar entre as árvores que é de cor azulada)... olha o rio aí, vamos logo!

[CORTA PARA UM LUGAR NO MEIO DA MATA, PERTO DO RIO]

Kevin (segurando Priscila nos seus braços) – Eu sei de um pequeno vilarejo que tem por perto, que tem um posto de gasolina e acredito que tenha uma linha telefônica lá, da para pedir ajuda lá a alguém da academia e ainda é bem seguro.
Priscila – Daqui a uns 20 minutos vai começar a ficar tudo escuro e vai ser mais complicado de achar as coisas.
Kevin – Eu não consigo andar mais rápido do que eu estou andando já, eu posso até tentar, mas acho super inseguro eu posso pisar em algum buraco ou em alguma pedra e os dois cairmos.
Priscila (rindo) – Eu já posso andar sozinha, acho melhor você me colocar no chão... e assim, da para andar mais rápido.
Kevin (coloca Priscila no chão) – Então ótimo, se der para você correr... vai ser melhor ainda para nós dois.
Priscila (acelera o passo) – Claro que da para correr!
Kevin – Então vamos correr!

[CORTA PARA A ANTE SALA DO DIRETOR]

Mike – Realmente, ele está demorando demais lá dentro, eu estou ficando mais nervoso do que eu já estava, que saco.
Aline – Pelo menos nós sabemos que ele está em segurança, ao contrário de Priscila, que ninguém sabe onde ela está.
Angela – Realmente Aline, você está coberta de razão, pelo menos nós sabemos que ele está em total segurança e, aliás, eu estou pensando seriamente em falar com Scott, eu ainda não consigo conceber, que ele tenha relação com o seqüestro da própria namorada, eu simplesmente não acredito nisso, é inacreditável!
Mike – Eu te acompanho Angela, acho melhor você não ir sozinha.
Aline – Mas gente, Nathália já foi atrás dele... acho que é melhor não nos metermos, vai que ele se assusta e acaba não falando nada, é melhor deixar que ela cuida sozinha das coisas, ele meio que (fazendo sinal de aspas com as mãos) “confia” nela, então é melhor deixar ela resolver tudo sozinha. E se ele for malvado mesmo, ele vai se fechar.
Angela – É realmente Mike... eu acho melhor deixar que Nathália resolva tudo sozinha, Aline está coberta de razão, ele vai querer escapar de nós e vai ser pior, vai que ele manda matá-la com medo? E fora que Nathália já está o bastante assustada com tudo isso.
Mike – Verdade, ela está muito assustada mesmo, da para ver pela cara dela, quando olha para as coisas, como se alguém fosse pegar ela... mas gente, se ele for malvado mesmo, ele vai querer pega-la, para completar o plano dele, eu acho que é melhor nós irmos pelo menos atrás dela e ficar de olho, para que nada de mal aconteça com ela, responsabilidade nossa cuidar dela, já que não temos mais Priscila.
Aline – E nós temos que tentar resolver isso rapidamente (olhando para o relógio), o tempo está passando e logo logo vai ser de noite.
Angela – E pior do que a noite estar chegando é o toque de recolher também estar chegando junto!
Mike – Realmente, nós temos que fazer alguma coisa e logo!

[CORTA PARA UM DOS CORREDORES DA ACADEMIA]

Se vê Nathália correndo atrás de um garoto e quase gritando.

Nathália (meio ofegante para do lado de Scott e começa a andar na mesma velocidade dele) – Cara, você está bem?
Scott – Estou sim Nathália, mas eu resolvi tomar alguma atitude independente, cansei de ouvir, que eu não faço nada para ajudar a minha namorada, assim não da e fora que eu também cansei de praticamente ser acusado de coisas que eu nada tenho a ver.
Nathália – Mas você precisa de alguma ajuda? Eu estou disposta a te ajudar a conseguir ter Priscila de volta, ela sempre me cuidou tão bem, queria poder fazer alguma coisa para ajudá-la nesse momento.
Scott – Não, eu não preciso de ajuda nenhuma, eu vou conseguir trazê-la de volta sã e salva e sem ajuda de ninguém... ou bem, sem ajuda de nenhum dos amigos dela, que só pensam o pior ao meu respeito.
Nathália – Scott, eu não penso nada de ruim a teu respeito... ou bem, eu tento não pensar nada de ruim, mas você se fecha e acaba complicando as coisas pro teu lado, eu realmente quero acreditar que você não tem nada a ver com essa história toda, mas você tem que colaborar e me ajudar também!
Scott (coloca cada uma das suas mãos nos ombros de Nathália, olhando nos olhos dela) – Entende! Se ela realmente foi seqüestrada, que eu tenho quase certeza de que ela foi... não é bom você se meter, quem a seqüestrou sabia, que ela trabalhava na tua segurança, você não pode se meter nisso, vai ser pior para você e para nós, que temos que te cuidar e outra... Priscila, não iria gostar de te ver em apuros por conta dela, tua segurança vem em primeiro lugar e isso, ficou bem claro para todos nós, quando aceitamos a tarefa de te cuidar aqui dentro e fora daqui.
Nathália – Dane-se minha segurança agora Scott, eu só quero ajudar a encontrar e quero respostas!
Scott – Que tipo de resposta Nathália?
Nathália – Eu quero respostas a perguntas do tipo... porque você não tentou fazer nada para encontrá-la? Ou porque você tem sido tão passivo em relação a este seqüestro?
Scott – Eu não tenho sido passivo Nathália, eu só tenho agido por baixo dos panos, mas parece que para ser reconhecido tem que fazer alarde, em relação a toma algum cuidado, eu só tenho muito mais envolvido do que esse simples seqüestro eu tenho toda uma vida por trás disso, tenho todo um círculo de relacionamentos e tenho toda uma história para ter parado aqui dentro, eu não estou aqui, por acaso!
Nathália – Então me conta, eu quero entender tudo isso, eu quero ter um motivo para voltar até Mike, Aline, Angela e Diego e ter algum fundamento para poder te defender com unhas e dentes diante deles, por favor... tenta me fazer entender tudo isso!
Scott – Tudo bem, eu te conto tudo que está acontecendo por trás dos bastidores, mas não pode ser aqui no corredor, eu tenho algumas coisas a te mostrar e não pode ser na frente de todos, se não vão achar bem suspeito tudo isso.
Nathália – A essa altura, eu vou a qualquer lugar, só com a esperança de tentar entender tudo que está acontecendo contigo e poder te ajudar, você sabe que pode confiar sempre em mim, mas eu quero confiar em você também!
Scott – Tudo bem, eu vou fazer por merecer essa tua confiança e vou te contar o que está acontecendo, mas primeiro deixa eu só dar um telefonema, para que eu possa ser autorizado a te levar num local.
Nathália – Tudo bem, você pode fazer o que quiser... mas na minha frente, não quero te perder de vista, se não você vai fugir de mim (mostrando a língua).
Scott (esboçando um sorriso) – Certamente, não irei fugir de você, pode ficar tranqüila.

Scott pega o celular, que estava dentro do seu bolso e marca a discagem automática.

[CORTA PARA DENTRO DA SALA DO DIRETOR]

Diretor – Bom Diego, eu espero que você tenha entendido perfeitamente o que tem acontecido e que eu possa também contar contigo, para manter essa informação em sigilo, até segunda ordem... posso contar?
Diego – Eu não posso contar a ninguém?
Diretor – Não Diego, eu preciso que você fique completamente em silêncio, nada de contar nada a ninguém e se você abrir a boca e eu ficar sabendo, não vou gostar nem um pouco disso, pois eu tentei confiar em você e você me traiu.
Diego – Tudo bem senhor, não contarei a ninguém... o segredo, vai ser mantido em sigilo, até segunda ordem, mas eu ainda não entendo o motivo para tudo isso ficar escondido e em segredo.
Diretor – Diego, eu sei que você tem um grande coração e por isso mesmo, que eu contei tudo para você, você tem um coração nobre... algo muito raro de ser encontrado nos nossos dias e quando for o momento certo, saberá a coisa mais sábia a fazer, eu confio em você.
Diego – Como o senhor pode ter tanta certeza, que eu não contarei nada a ninguém?
Diretor – Primeiro, eu confio no meu tato e depois você mesmo sabe que é leal às promessas que você faz e pode parecer que eu só peguei você ao acaso, mas você está enganado, não peguei você sem selecionar, eu poderia ter pego outro, mas escolhi você.
Diego – Mais alguém sabe de tudo isso?
Diretor – Com certeza, eu precisava mais de uma pessoa para confiar esse segredo.
Diego – Então me fale quem é.
Diretor – Você realmente quer saber quem é o segundo elemento, que mantém esse segredo guardado por muito tempo?
Diego – Certamente, eu fiz a pergunta... pode me responder?
Diretor – Eu posso até te contar, mas aí entra um segundo favor que você terá que fazer para mim...
Diego – Eu faço qualquer coisa, desde que eu fique ciente de quem mais sabe de tudo isso.
Diretor – Tudo bem, você vai ter que me prometer que vai procurar a pessoa e falar que contém também essas informações que eu passei a você.
Diego – Claro... agora pode me falar quem é?
Diretor – Scott, ele é a outra pessoa que sabe de tudo isso.
Diego – Mas não pode ser como ele está sabendo de tudo isso, se ele não é nosso aliado?
Diretor – Como assim, ele não é nosso aliado?
Diego – Ele está por trás de tudo isso que aconteceu com a Priscila!
Diretor – Diego, isso é impossível... não tem como ele estar por trás de tudo isso, ele é meu maior aliado e o maior aliado dos órgãos do governo, responsáveis por acabar com essa quadrilha.

[CORTA PARA O MEIO DA MATA, DO LADO DO RIO]

Homem 2 – Eu não estou vendo o carro...
Homem 1 – Onde está toda a tua inteligência irmão?
Homem 2 – Deixa de falar comigo dessa maneira, eu não fiz nada para você ficar me tratando dessa maneira, seu bruto.
Homem 1 – Claro claro... e agora você vai chorar e pedir o colo da mamãe.
Homem 2 (dando um pequeno grito, que faz alguns pássaros voarem) – Chega de ficar falando assim comigo!
Homem 1 (pega o Homem 2 pelo colarinho) – Olha aqui se idiota, para de fazer barulho se você não quiser morrer e depois, eu falo da maneira que eu bem entender... se você pode falar como quer, eu também posso falar como eu quero!
Homem 2 (engolindo em seco) – Claro... tudo bem irmão, agora você pode me soltar?
Homem 1 (soltando e falando num tom de sarcasmo) – Sim... irmão!
Homem 2 – Você acha que eles morreram afogados?
Homem 1 – Eu amaria que tivesse acontecido isso, até nos pouparia o grande trabalho de ter que matá-los... odeio matar pessoas.
Homem 2 – Isso foi um sinal de revolta ou um começo de arrependimento?
Homem 1 – Nem um nem outro... só estou com preguiça de fazer esse tipo de trabalho, convenhamos... é inconveniente ao extremo. E bem, nem sei o motivo de ter te explicado minhas ações, você não tem nada a ver com o que eu faço ou deixo de fazer da minha vida, agora fica quieto e para de me torrar! Então, mãos à obra... quanto mais rápido vemos se eles morreram mais rápido saímos daqui e damos as boas novas.
Homem 2 – Você vai entrar nessa água fria?
Homem 1 (enquanto tira o palito) – Vou entrar sim, se depender de você... ou eles morrem de hipotermia dentro da água ou nós morremos de tédio aqui fora.
Homem 2 – Como você está racional irmão, eu pensei que esse tipo de coisa nunca aconteceria... está até parecendo um sonho, se tornando realidade na minha vida.
Homem 1 (com uma cara mal-humorada) – É melhor você parar de falar esse tipo de coisa, se não quem vai acabar entrando para verificar vai ser você...
Homem 2 – Não está mais aqui quem falou tudo aquilo.
Homem 1 – Como um pouco de ameaça melhora toda uma situação.
Homem 2 – Vai ver se eu estou na esquina!

[CORTA PARA UMA SALA DE AULA]

Nathália sentada numa cadeira e Scott sentado no chão, olhando para ela.

Scott – Nathália é o seguinte... eu não tenho nada a ver com as coisas que estão acontecendo, eu só estou atrás de algumas pessoas, para que possam trazer a Priscila mais rápido, não agüento ficar sabendo que alguma coisa de ruim, possa estar acontecendo com ela.
Nathália – Mas isso ainda não respondeu nada que eu queria, eu quero entender o motivo de você ter se afastado de todo nós, se fechado... não querer se meter nas nossas tentativas... tudo bem que tentativas frustradas, mas são tentativas.
Scott (tira uma pequena carteira do bolso) – Primeiro... eu não tenho idade para estudar aqui, você nunca imaginou qual seria o motivo que me tira daqui de dentro todo final de semana, que as pessoas não sabem para onde eu vou?
Nathália – Não, eu também saio daqui, bem... não saio completamente, mas eu não fico no internato.
Scott – Mas comigo é diferente, eu faço faculdade nos finais de semana, eu só estou aqui dentro por um motivo de força maior, eu trabalho para as forças especiais do governo.
Nathália (fazendo cara de surpresa) – Quer dizer que você é tipo... uns quinze anos mais velho que nós?
Scott (rindo) – Não quinze anos, mas diria que uns sete ou oito... (abre a pequena carteira, que tem um cartão de identificação, com uma foto dele fardado), eu não pertenço ao mundo de vocês.
Nathália (faz um cara de espanto) – Mas você namora com a Priscila, não namora?
Scott – Sim, eu namoro com a Priscila... mas os pais dela ainda não sabem, por ser muito mais velho que ela, nós meio que fizemos um voto de silêncio, aqui sabem que nós dois saímos juntos, mas os pais dela não, eu queria que eles soubessem, mas ela achou melhor não contar e deixar as coisas como estão.
Nathália – Mas e como vão ficar as coisas, quando eles descobrirem?
Scott – Se ela sair dessa viva... e ela vai, eu vou fazer um pouco de pressão, para contar tudo para os pais dela, eu não quero viver nessa mentira para sempre e quando tudo isso acabar, eu vou continuar com a minha vida, fora daqui e ela ainda tem mais metade de um ano aqui dentro, até que ela saia daqui.
Nathália – Eu acho vocês dois tão lindos juntos.
Scott – Eu gosto muito dela, no começo nem simpatizava, mas depois que eu a conheci na essência, deu para ver que ela era muito mais do que aparenta ser.
Nathália – Mas isso ainda não explica o telefonema misterioso que Angela viu você dando e eu realmente quero entender tudo isso.
Scott (olha meio sério para ela) – Você tem razão, não justifica o meu telefonema, dizendo que eu queria que a devolvessem... mas tudo isso é relacionado a você, eu fiquei sem reforço nenhum e sem armamento e eu queria que me devolvessem tudo isso, para poder tomar alguma atitude.
Nathália – Você ficou sem reforço?
Scott – Isso mesmo, eu precisava de alguma coisa... para poder te proteger e proteger quem estava aqui...
Nathália – Entendo, mas porque você não falou tudo isso antes?
Scott – Eu tenho ordem de sigilo Nathália, eu nem deveria estar te contando isso, mas eu não agüento mais ter tudo isso guardado, é complicado.
Nathália – Eu imagino que não seja nada fácil ficar guardando coisas como essas, sozinho.
Scott – Antes eu tinha a Priscila para dividir tudo isso, mas agora eu fiquei sozinho, não tenho ninguém para compartilhar e ainda estou extremamente preocupado com ela, mas o meu superior e o dela, disse que eles estão atrás dela.
Nathália – Tem previsão para acharem?
Scott – Ainda não sei, eles estão atrás dela, mas até agora... só tiveram uma pista de que ela foi trancada dentro de uma casa no meio de uma mata, perto de uma rodovia, mas até agora nem sinal dela.
Nathália (abraça o pescoço do Scott) – Fica tranqüilo, nós vamos encontrá-la, nem que todos tenhamos que ir atrás dela.
Scott – Sim, nós vamos encontrá-la

CAM. focaliza bem de perto o rosto de Scott e Nathália, que olham um para o outro.
[CORTA PARA A MATA]

Kevin (segurando a mão de Priscila) – Vem por aqui, melhor para chegar até o posto.
Priscila (segurando a mão de Kevin) – Tem certeza, que é por aqui?
Kevin – Total certeza, conheço esse matagal... desde sempre (rindo).
Priscila – Então tudo bem.

Eles chegam até uma rodovia, andam mais uns 500 metros e se deparam com um posto de gasolina.

Kevin (sorrindo) – Eu falei para você, que era por aqui.
Priscila (com uma cara de alívio) – Realmente, ainda bem que você conhece isso aqui.

CAM. o posto de frente e depois as costas de Kevin e Priscila, que se dirigem até o posto.

[FADE OUT]

[Música no fundo 4Ever – The Veronicas]

[Créditos rolando]

Elenco:
Keira Knightley como Priscila
Chris Evans como Mike
Sophia Bush como Aline
Tom Welling como Diego
Bethany Joy Lenz como Nathália
Kristen Bell como Angela

Convidados Especiais:
Jensen Ackles como Scott Davis
Matt Long como Kevin
Homem 1 como Homem 1
Homem 2 como Homem 2

Música Tema:
4Ever - The Veronicas
Escrito por:
Wendy Finco

Idéia Original:
Wendy Finco

domingo, 2 de março de 2008

1.13 – Survive (Sobreviver)

1.13 – Survive (Sobreviver)

[Fade in, a partir de tela preta]

[No fundo ouve-se a voz de Scott, enquanto está rolando cenas do capítulo anterior]

Scott – Nos capítulos anteriores de 4ever, muitas coisas andaram acontecendo, desde o desaparecimento de Priscila, passando pela sua fuga da casa abandonada, o seu encontro com Kevin, até o seu possível fim, na queda do carro...

CAM. focaliza a queda do carro, em slow motion, até que ele colide com a água e a cena da prosseguimento. Vai subindo, como se tivesse sendo puxada por alguém e para de frente ao carro que estava perseguindo Priscila e Kevin.

Homem 1 (saindo de dentro do carro com uma cara super irritada) – Droga, droga, droga, drogaaa!!

Outro homem saí de dentro do carro também, anda até a beirada o precipício.

CAM. mostra a imagem de um carro quase todo coberto pela água, mas sem sinal de vida.

Homem 2 (grita da beirada) – Eu nem estou vendo sinais de nenhum dos dois, eu acho que eles não irão dar mais dor de cabeça.
Homem 1 (falando irritadamente) – Isso é uma simples suposição tua, eu preciso conferir bem de perto, para me assegurar disso, nós vamos ter que descer e ir até lá, ver se eles realmente estão fora do nosso caminho.
Homem 2 – Você vai descer, eu não... se ela escapou é pela tua negligência, que não soube dar alimento a uma garota.
Homem 1 – Você realmente está crendo que o chefe, vai querer saber de quem foi a culpa da menina ter saído igual a uma louca desvairada correndo pelo meio do mato, só pelo simples fato de ser solta para comer alguma coisa? Eu acho que não, isso é o que diz a minha intuição e fora que, não fui eu que estava ausente logo na hora que o chefe foi ver a menina.
Homem 2 (com um ar de frustração) – Cara, não era para ter aceitado esse serviço, tudo estava mil maravilhas na minha vida.

[Abertura da série]

[Legenda do episódio de hoje “Sobreviver”]

[Em tela preta a imagem volta]


Homem 1 (falando com um ar de sarcasmo) – Claro irmão, ela estava as mil maravilhas mesmo, ter que ficar pedindo esmola no meio da rua, restos de comida, claro que não poderia estar melhor do que isso, como você mesmo disse, tudo estava as “mil maravilhas”, como você está coberto de razão, irmão...
Homem 2 (falando com uma certa agressividade) – Você e tua maldita ganância... você sabe que os grandões não estão para brincadeiras! E nós nunca tínhamos feito nada desse tipo, no máximo bater uma carteira no meio da rua, mas nãoooo... dessa vez tinha que ser diferente e você tinha que aceitar participar de um seqüestro, sabe que se alguém nos pegar, os únicos que vão se dar mal, somos nós? Acho que não, você tem estado bem feliz ultimamente.
Homem 1 – Sabe o que eu acho? Eu acho que está tarde demais para você ficar aí com esse sentimento ridículo de culpa e sabe o motivo? Acho que não, você está tão imundo de lama quanto eu, você poderia ter desistido de se juntar a mim, mas o fez? Não... e depois o ganancioso sou eu... se você não pensou o dinheiro que um raio caia na minha cabeça exatamente agora (olha para o céu), como eu previa, não caiu... você é tão hipócrita, quanto o resto dos “grandões”, que de grandes não tem nada, pelo contrário, usam o seu poder, para se camuflar as suas debilidades mais que notórias.
Homem 2 (com uma cara de surpresa) – Cara tu fala demais e coisas desnecessárias, você sabe que eu iria descer contigo... Mas sabe o que eu acho nós ainda podemos fugir de tudo isso, sair daqui... pegar a parte do dinheiro que nós já recebemos e nos mandar!
Homem 1 – Sumir daqui? Você sabe com quem nós estamos lidando? Você pensa que nós não vamos ser caçados como uns animais quaisquer? Você pensa que eles estão brincando? Não irmão, eles estão envolvidos com coisas enormes, coisas monstros e eles não vão deixar isso barato, nem para nós dois.
Homem 2 – Eu ainda não sei que tanto medo você tem desses caras, eles não podem ser tudo isso que você está falando... é impossível!
Homem 1 – Você ainda não sabe de todo o poder desses caras? Eu estou te falando de pessoas que encontram literalmente uma agulha no meio de um palheiro, quanto mais nós dois... irmão, nós estamos lidando com pessoas do alto escalão do governo, quer mesmo arriscar?
Homem 2 – E o que nós vamos fazer agora? Ficar nesse joguinho até quando? Nós vamos continuar fazendo o que eles mandam?
Homem 1 – É uma ótima idéia até que eles finalizem o serviço... nós não temos outra alternativa ou é isso... ou é isso, é lei do cão.
Homem 2 – Eu espero que isso tudo acabe logo e que eles encerrem o mais rápido possível o serviço deles, eu cansei de tudo isso. Eu acredito que seja o melhor.
Homem 1 – Talvez sim, talvez não... vai saber.
Homem 2 – Eu não penso nesse “talvez não”, para mim é o melhor mesmo.

[CORTA PARA O LADO EXTERIOR DA SALA DO DIRETOR]

CAM. focaliza o rosto de Angela, que está vindo ao encontro de Nathália, Mike e Aline, com uma cara super pálida.

Nathália (falando compulsivamente e mexendo os braços) – Conseguiu falar com ele?
Mike – O que ele te falou?
Aline – Você conseguiu convencer ele a ser mais legal?

CAM. ainda focalizada no rosto dela, que continua com o mesmo ar de palidez e inquietação.

Mike – Angela, o que está acontecendo contigo? Você está tão pálida...
Aline – Vamos! Vamos! Conta logo o que aconteceu na conversa de vocês dois!
Nathália – Gente, eu acho que ela não está se sentindo nada bem... vamos deixar de fazer perguntas complicadas para ela.
Mike – Eu concordo contigo Nathália, ela não está me parecendo nada bem, melhor é sentar ela no sofá e trazer água para ela.

Mike, segura Angela pelo seu braço e a acompanha, até um sofá que tem na sala onde eles se encontram e a faz sentar.

Aline – É isso que eu não entendo tão nerd para algumas coisas e para outras tão...
Mike – É melhor você não completar o seu pensamento...
Angela (voltando ao seu normal, lança um olhar com desaprovação) – E eu não sou nerd!
Nathália (tentando acalmar os ânimos) – Deixem isso para lá... Angela nos conta o que aconteceu entre você e o Scott, nós estamos morrendo de curiosidade!

[CORTA PARA O INTERIOR DO CARRO, QUE ESTÁ SENDO QUASE TODO TOMADO PELA ÁGUA]

Priscila (falando nervosamente) – Kevin, nós vamos morrer aqui dentro!

Kevin segura a mão de Priscila, em sinal para ela manter a calma e olhando com certa tranqüilidade.

Kevin (falando pausadamente) – Priscila, mantém a calma... se nós ficarmos mais nervosos do que já estamos, as coisas só tendem a ficar piores e eu não quero nada pior do que já está e você?
Priscila (tentando respirar normalmente) – É eu também não quero que elas fiquem piores, mas é que a cada segundo que passa, eu me sinto como se eu fosse morrer... E fora que eu acho que nem tem como a nossa situação ficar pior... ou tem Kevin?
Kevin (tentando ser engraçado) – Priscila, você quer que eu seja sincero ou que eu minta?
Priscila – Isso é bem complicado de responder, ao mesmo tempo que eu quero que você seja sincero e me conte toda a verdade, eu tenho medo do que eu posso chegar a escutar, que tal eu não responder nada?
Kevin – Eu só vou te dar uma certeza de tudo isso que nós estamos vivendo, neste exato momento... eu vou tirar você dessa, nem que seja a última coisa que eu faça na minha vida.
Priscila – Muito obrigada Kevin, você tem sido um amigo e tanto, tem me ajudado, mesmo nem me conhecendo direito.
Kevin – Servem lembranças de infância Priscila?

[CORTA PARA O LADO EXTERIOR DA SALA DO DIRETOR]

Angela (ainda meio pálida, mas recuperando a sua cor normal) – Eu acho que Scott sabe onde a Priscila está...
Nathália (entra num certo estado de choque, com a notícia dada) – Angela, você sabe o que você acabou de falar? Tem certeza disso tudo?
Angela (meio nervosa) – Eu sei o que eu ouvi, posso não ter certeza do que a outra pessoa estava falando do outro lado da linha, ainda não tenho ouvidos biônicos, mas eu escutei ele num papo altamente estranho no celular, só não da para ter certeza disso.
Mike (com uma cara de confuso) – Como assim, conversa...?
Angela – Deixa-me ver como eu consigo explicar isso para vocês... mas eu preciso que vocês prestem atenção...
Aline – De preferência, já que eu não estou entendendo bulhufas nenhuma.
Nathália – Aline, você vai continuar desse jeito pelo visto, quer dizer, pelo visto, todos vamos ficar sem entender bulhufas nenhuma, se você não fizer o favorzinho de calar a boca.
Aline (meio irritada com o corte) - Você só quer ser a certinha, você não está certa ok?
Mike (interrompendo uma possível briga) – Chega meninas... e Aline, no momento ela definitivamente está certa, aliás... mais que certa ela está.
Angela – Está certo gente, mas não é hora de brigas, eu concordo com o Mike, eu posso contar o que eu vi?
Nathália (olhando um pouco mais calma) – Por mim, pode contar sim.
Mike – É por mim também, eu estou ansioso para saber o que você ouviu, conta logo!
Angela (olhando para Aline) – Posso Aline?

[CORTA PARA UMA ÁREA DE MATA FECHADA]

Homem 2 (resmungando baixo) – Esse buraco, já não tinha bastado, ter que ficar uma semana toda trancado dentro de uma casa abandonada, agora tenho que ficar andando a pé no meio do mato, com todos esses bichos nojentos.
Homem 1 (fala com um ar de deboche) – Eu devia ter te empurrado lá de cima, iria me poupar bastante trabalho isso, você chegaria muito mais rápido e eu não teria que ficar aturando esses teus comentários idiotas!
Homem 2 (rindo com sarcasmo) – Como esse teu comentário foi extremamente engraçado, mas sabe... até que não teria sido uma idéia ruim da tua parte, das duas uma ou eu morria ou eu conseguia escapar dessa infelicidade, iria ser mais lucrativo.
Homem 1 – Olha lá o que você tem de desejo, nesse teu pequeno coração irmão... algumas vezes não é bom pensar em certas alternativas ou do contrário, elas podem via a acontecer e pode ser bom ou podem ser ruins.
Homem 2 – Era para ter parados de perseguir aquele carro, quando nós vimos que ele estava se mandando a qualquer custo.
Homem 1 – E ter a cabeça decepada, pelos grandões?
Homem 2 – Cara como você é dramático, que comentário absurdo, ninguém vai decepar a tua cabeça, deixa de história!
Homem 1 – Homem! Eu acho que você ainda não entendeu com quem nós estamos lidando, eu falei contigo, que é gente de muito poder, que mata e nunca vai ir em cana, ninguém, vai mexer com eles, por pior ação que eles cometam, realiza!
Homem 2 – Eu ainda acho que você faz tempestade em copo de água, me diz uma coisa... quem nos contratou, não foi uma empresa de produtos químicos?
Homem 1 – Sim, foi uma empresa de produtos químicos, mas que é do GOVERNO, ou seja, nós estamos na mão deles até as coisas acabarem e para isso acontecer, a menina tem que desaparecer!
Homem 2 – Eu sei que eu já tinha te falado isso, mas em síntese, nós trabalhos para o que seriam os “mocinhos”, mas nós e eles somos os “bandidos”?
Homem 1 – Irmão! Como você é esperto, eu fico orgulhoso, que depois de quase 1 hora, você conseguiu captar o espírito da situação.

[CORTA PARA INTERIOR DO CARRO, ONDE A ÁGUA ESTÁ NA ALTURA DO QUEIXO DE PRISCILA]

Priscila – Eu ainda não entendo essa coisa de motivo de fechar as janelas, se nós poderíamos ter saído por elas abertas, logo que o carro colidiu, teria sido muito mais prático.
Kevin – E eu correr o risco de você sair voando pela janela?
Priscila – Como assim?
Kevin – Você não tinha onde se segurar estava sem cinto de segurança, eu tinha medo que você fosse arremessada para fora do carro, aliás, você está com um pequeno corte no rosto.
Priscila (com uma voz de desespero) – O que? Um corte? Ai meu Deus, ele é muito feio? Me diz que ele não é feio, por favor!!!
Kevin – O corte, não é tão feio assim, nada que com um band-aid, não vá melhorar, quando nós sairmos daqui... mas mudando de assunto, daqui a pouco, o carro vai encher totalmente de água e nós vamos ter que pelo menos, nos manter uns 2 minutos, embaixo da água sem respirar, até que a pressão seja a mesma, dentro e fora do carro e assim, poder abrir a porta, você agüenta esse tempo todo?
Priscila – Então, quer dizer que quando você der o sinal, nós dois vamos abrir a porta?
Kevin – Não é menosprezando a tua força, mas eu vou abrir a porta, por ter um pouco mais de força que você, a porta, vai ficar dura, para ser aberta.
Priscila – Então se você diz que é mais fácil, eu vou te seguir, logo após você ter aberto a porta e feito o sinal.
Kevin – Se em vez de ficar esperando eu sair do carro, você quiser passar por cima de mim, eu agüento mais um pouco até você sair de dentro do carro, para mim você tem prioridade.
Priscila – Tudo bem Kevin, obrigada pela consideração, mas eu agüento sair do carro, alguns segundos a mais ou a menos, não vão fazer tanta diferença assim.

A água continua aumentando o seu nível e passa da altura dos olhos deles

[OUVE-SE AS BATIDAS DO CORAÇÃO DOS DOIS...]

Kevin olha para Priscila, já debaixo da água, enquanto o carro é totalmente tomado pela água. Ele desvia o seu olhar e começa a marcar o tempo no relógio, na esperança do tempo passar mais rápido que o normal. Priscila procura a mão de Kevin, embaixo da água, esperando poder se sentir mais segura, mas não encontra então ela continua procurando algo para poder segurar, encontrando o braço dele e segura firme nele. Sua visão começa a ficar turva, por falta de ar e começa a perder os sentidos, em sua última instância, ela sente alguém puxando ela pelo braço, tudo fica branco.

[CORTA PARA O MEIO DO MATO]

Homem 1 – Como você é frouxo! Nós só estamos perdendo tempo contigo aí sentadinho, parecendo uma mulherzinha!
Homem 2 – Você está certo de que nós vamos chegar extremamente rápido lá... não sei se você notou, mas teria sido mais prático você ter pulado lá de cima, em vez de me empurrar, seu besta e eu não pareço uma mulherzinha, só por estar querendo descansar um pouco.
Homem 1 (fazendo uma cara de irritação) – Você e essas tuas piadinhas, que a pessoa no máximo consegue rir internamente, para não dizer que não riu nada.

[CORTA PARA O LADO EXTERIOR DA SALA DO DIRETOR]

Aline – Claro que pode Angela, pode começar a contar sim, eu estou super curiosa, com o que está acontecendo, tudo está tão estranho ultimamente.
Angela – Então eu vou começar a contar o que aconteceu... Quando eu fui atrás de Scott, eu falei... mas ele foi extremamente grosseiro e seco comigo, no início, então... eu nem quis forçar muito a barra, depois do clima chato, que ficou aqui, então do nada, ele me pediu para eu dar um tempo, naquela conversa, uma vez que, ele tinha que ver como resolver uns probleminhas e nesse mesmo instante tocou o celular...

[INICIO DE UM FLASHBACK, DE ALGUNS MINUTOS ATRÁS, COM A VOZ DE ANGELA, COMO NARRADORA]

Angela – Mas eu fui muito mais esperta que ele, então quando ele deu as costas para mim, para atender o celular, eu o segui até o local que ele se dirigiu, falando ao celular... quando ele chegou no meio da conversa, estava parecendo uma discussão bem horrenda, com a pessoa que estava do outro lado da linha telefônica e alguns segundos depois ele disse que queria que a devolvessem e que ele não estava a fim de negociar nada, já que eles tinham errado a pessoa... e que era melhor eles a devolverem o quanto antes, se não haveria grandes problemas.

[FIM DO FLASHBACK]

CAM.
mostra bem devagar o rosto de Mike, Nathália e Aline, que estão com um ar de total descrença, no que Angela acaba de falar e sem saber o que comentar... algumas vezes abrindo a boca, mas prontamente fechando, sem conseguir proferir nenhum som.

[CORTA PARA A MARGEM DO RIO]

CAM. focaliza Kevin, tentando reanimar Priscila, que está desacordada.

Kevin – Qual é Pri... acorda, eu não acredito que você agüentou tudo isso, para desistir tão facilmente depois de estar livre! (mexendo nela). Vamos Pri, acorda mulher... eu não posso chegar contigo nesse estado em lugar nenhum, você tem que andar comigo, você mais uma vez tem que mostrar que é uma pessoa de garra e coragem! ACORDA! Vamos Priscila SOBREVIVA, pelo que há de mais sagrado nesse mundo!

CAM. focaliza bem de perto o rosto de Priscila, da um close no olho dela, que se abre rapidamente.

[FADE OUT]

[Música no fundo 4Ever – The Veronicas]

[Créditos rolando]

Elenco:
Keira Knightley como Priscila
Chris Evans como Mike
Sophia Bush como Aline
Tom Welling como Diego
Bethany Joy Lenz como Nathália
Kristen Bell como Angela

Convidados Especiais:
Jensen Ackles como Scott Davis
Homem 1 como Homem 1
Homem 2 como Homem 2
Matt Long como Kevin

Música Tema:
4Ever
Escrito por:
Wendy Finco e Luiz Felipe
Idéia Original:
Wendy Finco

domingo, 24 de fevereiro de 2008

1.12 – RUN! (Corra!)

1.12 – RUN! (Corra!)

[Fade in, a partir de tela preta]

[No fundo ouve-se a voz de Angela, enquanto está rolando cenas do capítulo anterior]

Angela – Anteriormente em 4Ever, Priscila consegue fugir do seu raptor, enquanto isso os meninos, ainda estão atrás de informações, à respeito do paradeiro de Priscila, mas o que ela realmente não esperava, era encontrar no meio da rodovia alguém que tivesse um caro e um celular, mas isso nem é tudo um mar de rosas, eles acabaram sendo encontrados e sendo perseguidos.

CAM. focaliza o grupo de amigos, que andam atrás da professora Carina e se dirigem à sala do diretor.

A professora bate na porta da sala dele e como resposta à sua batida, ouve-se do outro lado uma resposta, quase de imediato às batidas.

Diretor (falando num tom, que podia ser ouvido do lado de fora da sua sala) – Pode entrar!

Nisso, adentram a sala a professora Carina, seguida por Diego, Aline, Angela, Scott, Mike e por último Nathália.

Carina (prestando continência) – Senhor, com a sua permissão...
Diretor (os observando com um olhar doce) – Podem descansar! E podem começar a me explicar, o que lhes traz aqui...
Diego (falando compulsivamente) - Nós viemos lhe ver...

CAM. focaliza o pé da professora, pisando do de Diego e logo após a cara de dor dele.

Carina (limpando a garganta) – Pois bem diretor, a minha intenção real, de vir até a sua sala, foi tão somente, para esclarecer, a ausência de uma aluna, dentro do nosso domínio acadêmico.
Diretor (olhando com certa curiosidade) – Como assim, a ausência de uma aluna?
Carina (falando num tom mais nervoso) – Isso que o senhor acabou de ouvir, uma das nossas alunas, sumiu de dentro da Academia e pelo que me consta, ela não foi chamada, para nenhuma atividade extra acadêmica ou alguma reunião, que solicitava a sua presença como parte do treinamento, que ela tinha feito.

[Abertura da série]

[Legenda do episódio de hoje “RUN!”]

[Em tela preta a imagem volta]


Diretor olha nos olhos da professora Carina.

Diretor – Bom, eu gostaria de falar, somente com a professora, vocês podem nos fazer o favor, de esperá-la do lado de fora?
Diego (fala com um tom de raiva) – Mas nós gostaríamos de estar presentes, fomos nós que detectamos a falta dela, dentro do estabelecido pelas normas.
Diretor (falando mansamente) – Eu lhe entendo meu caro e jovem rapaz, não sei se você se esqueceu ou está tão somente, assumindo um papel de ignorância, mas eu tenho um grande laço com a pessoa em questão, se estuda aqui, sempre terá a minha proteção e eu farei qualquer coisa, para manter em total segurança.
Angela (segura no braço de Diego) – Vamos sair, é melhor... quanto mais rápidos eles conversarem, mais rápido, nós vamos ter a Priscila de volta, eu tenho certeza.
Diretor – Sábia decisão, minha jovem.
Mike – É Diego, vamos deixar eles conversarem à sós, assim eles desenvolvem um plano para ir atrás dela.
Carina – Faça caso aos seus colegas.

Todos prestam continência ao Diretor e saem da sala, deixando a professora Carina e o Diretor a sós.

Carina – Senhor, o que nós devemos fazer nessa situação?
Diretor (com a mão no queixo) – Quem é a pessoa?
Carina (falando num tom pausado) – É um dos componentes, que foi designado, para manter em segurança a menina nova que chegou aqui.

CAM. focaliza a pupila do Diretor, que se dilata, ao ouvir que a pessoa que tinha desaparecido, fazia parte de um grupo especial, dentro da Academia. Volta a focalizar de longe a professora e o diretor.

Diretor (falando meio engasgado) – Não é possível, como um dos elementos, do grupo especial, desapareceu dentro do nosso terreno?
Carina – O espaço que nós temos, é bastante amplo, se não me engano o que eu ouvi falar, é que ela iria se dirigir a cumprir uma detenção.
Diretor (com uma cara de confuso) – Cumprir detenção? Quem foi que puniu um dos elementos mais valiosos da nossa academia?
Carina – Foi o professor de Educação Física, mas o senhor sabe que nós prometemos que não os trataríamos diferente dos outros, somente pela situação de risco, que eles sofrem.
Diretor – Eu quero que chamemos a nossa emergência e que comecem as buscas pelo elemento, o mais rápido possível, nós temos que encontrar antes que seja tarde demais!
Carina (presta uma continência) – Senhor, sim senhor!
Diretor – E me faça o favor de mandar aquele menino, que dirigiu a palavra à mim, entrar... necessito conversar com ele.
Carina – Senhor, sim senhor!
Diretor – Está dispensada.

[CORTA PARA O MEIO DA RODOVÍA ONDE PRISCILA E KEVIN ESTÃO DENTRO DO CARRO, SENDO PERSEGUIDOS]

Priscila – Kevin, nós temos que sair daqui de algum jeito, não vamos conseguir escapar.
Kevin (tentando manter a calma ao volante) – Nós vamos sair dessa sim, caso contrário eu mudarei meu nome, para... me ajuda com um novo nome?
Priscila (tentando rir, mas não conseguindo pelo nervosismo) – Isso não é hora de pensar num novo nome para você!
Kevin – Isso que eu chamo de otimismo.

Kevin acelera muito mais, quando vê que o carro do qual ele tinha quase escapado, aparece novamente no seu espelho retrovisor, logo atrás dele. Ele pisa novamente o acelerador, enquanto o carro faz um barulho fora do comum, sinalizando que está chegando ao seu limite.

Priscila – Kevin! Quanto tempo você acha que nós vamos agüentar fugir desse carro?
Kevin – Sem querer ser pessimista, mas não acredito que seja por muito tempo, por isso que eu queria o meu novo nome logo.
Priscila – Como assim, não muito tempo?
Kevin – Eu estou queimando o dobro de gasolina, daqui a pouco vai acabar.
Priscila – E nós vamos fazer o que?
Kevin – Quem sabe correr?
Priscila – CORRER?
Kevin – Claro, melhor do que ser capturada novamente, não acha?
Priscila – Eu acho que sim.

CAM. vista aérea da perseguição, os carros parecendo um pouco mais enfraquecidos do que no começo, porém, correndo um quase do lado do outro.

Kevin – Priscila, eu preciso que você confie plenamente em mim, mesmo sequer nós nos conhecemos, eu vou tentar fazer algo que eu nunca fiz antes.

CAM. focalizando do lado do motorista, de fora para dentro, as mãos de Kevin, segurando firmemente o volante do carro e uma parte do rosto de Priscila, que somente demonstra a tensão que ela está sentindo no momento.

Priscila (quase gaguejando) – Você pode fa... zer o que bem... entender, não me importo, desde que saiamos dessa situação terrível.

CAM. mostra que dos dois lado da rodovia, só existe árvores e mato. Volta para dentro do carro, focalizando o rosto dos dois.

Kevin – Então é o seguinte, eu vou jogar o carro, para o meio das árvores, mas nós vamos pular antes e sair correndo, eu conheço bem algumas trilhas por aqui, que dão perto da cidade mais próxima, você topa fazer isso?
Priscila – Kevin, eu faço qualquer coisa, desde que nós saiamos vivos dessa história toda, e eu vou confiar em você...
Kevin (um pouco mais aliviado ao ouvir a resposta de Priscila) – Obrigado, pelo voto de confiança... Só espera mais um pouco que eu estou tentando achar a entrada de uma das trilhas.
Priscila – Não vai ser muito óbvio isso?
Kevin – Não quando ela da praticamente num precipício.
Priscila – O QUEEEEEEEEEEEEEEEEE?!
Kevin – É, da quase num precipício, mas não te preocupa, eu sei como fazer.
Priscila – Claro foi super calmante, saber que a trilha da quase num precipício e o carro está a quase 200 kilômetros por hora e eu vou ter que pular de dentro do carro pelo jeito.
Kevin – Mais exatamente, pela janela... nós vamos pular pela janela.
Priscila – Sabia que isso, cada vez fica pior?
Kevin – Quem disse a você, que a vida é fácil? E eu preciso que você tire o cinto de segurança e que feche a janela.
Priscila (arregalando os olhos, sem entender) – Eu tirar o cinto e fechar a janela? Mas não era para eu pular pela janela? Como agora eu vou fechar ela?
Kevin (falando nervosamente) – Eu mudei de opinião fecha e tira o cinto, agora!
Escuta-se no fundo, o barulho de um cinto de segurança sendo solto.

Priscila (olhando para Kevin com um rosto de medo) – Já soltei o cinto e fechei a janela, mas você ainda não me falou o motivo para isso...

[CORTA PARA O LADO DE FORA DA SALA DO DIRETOR]

Carina (falando calmamente) – Diego, o diretor que te ver, imediatamente.
Diego (com uma cara de confusão) – Comigo? Mas eu não fiz nada.
Carina – Vá logo e deixe de perder tempo, ele não gosta que o deixem esperando, muito menos quando ele quer falar logo com a pessoa.

Diego entra na sala.

CAM. focalizando o rosto de não entendimento de Mike, Angela, Aline, Scott e Nathália.

Angela – Só eu fiquei curiosa ou tem mais pessoas?
Aline – Não Angela, eu também fiquei extremamente curiosa eu quero saber o que está acontecendo com o Diego lá dentro...
Mike – Não adianta ficar desse jeito, nós só vamos saber quando ele sair de dentro da sala.
Scott – É meninas, o Mike tem toda razão, nem adianta ficar com toda essa curiosidade, ele só vai poder falar quando sair.
Nathália – Scott fica calado... péssimo momento para você vir e dar alguma opinião, você não falou nada de aproveitável o dia inteiro e até agora as coisas só tem piorado pro teu lado.
Angela – Ela tem razão Scott, você não tem ajudado em basicamente nada hoje.
Scott – Vocês querem saber de uma coisa, eu desisto de andar com vocês, nem sei o que eu ainda faço perto de vocês, eu vou tentar ajudar a Priscila do meu jeito e não do de vocês.

CAM. mostra Scott saindo do hall de entrada da sala do diretor. E depois mostra rosto por rosto das pessoas que ficaram lá.

Angela – Gente eu vou atrás dele, eu fiquei preocupada.
Mike – É melhor você ir mesmo, ele é mais próximo de você.
Angela – Nem é isso, mas alguém tem que ir e como eu sei que vocês não vão mesmo, então eu vou me oferecer logo, antes que tenha que ser tirado no palitinho mesmo. (rindo)
Nathália – Eu perdi a cabeça, caramba... ele não fez nada o tempo todo e ainda quer falar alguma coisa, eu acho isso bem estúpido da parte dele.
Angela – Deixa que eu vá atrás dele, pelo menos para tentar entender o que ele está sentindo, a final... eles estão juntos.
Mike – Sem querer ser bem pessimista, mas ainda não temos certeza disso.
Aline – Mike vira essa boca para lá... que comentário mais sem noção o teu, cruzes!
Nathália – Eu espero que não seja tarde demais, para nada...

Angela sai de perto do grupo e vai andando no meio do corredor, procurando Scott.

Angela (gritando no meio do corredor) – Scott! Scott volta aqui!

CAM. mostra as costas de Scott, que continua a andar sem olhar para trás. Da uma pequena girada e mostra alguns alunos que observam a cena, sem compreender o motivo.

Angela (gritando) – Qual é cara, volta aqui, eu preciso conversar contigo.

Scott se vira e fica esperando Angela chegar perto dele.

Angela – Ainda bem que você parou de correr.
Scott (com um ar de nervosismo) – Oi Angela, pode falar o que você quiser, mas tem que ser rápido, eu preciso tomar algumas providências.
Angela – Eu vim falar contigo, por não achar justo você estar desse jeito, mas pelo visto você pouco está se lixando para o que eu penso, quer saber, deixa para lá, trate de resolver como bem entender.
Scott – Você vem atrás de mim para falar isso?
Angela – Não eu queria te ajudar, mas pelo visto não há necessidade alguma disso.

Ouve-se no fundo, bem baixinho, o barulho de um telefone vibrando. Scott tira ele de dentro do bolso da calça.

Scott - Preciso ir, tenho que atender esse telefonema.
Angela – Passar bem, Scott.

[CORTA PARA DENTRO DO CARRO ONDE PRISCILA E KEVIN ESTÃO]

Kevin – Priscila, você sabe nadar, mergulhar, prender a respiração por muito tempo debaixo da água?
Priscila – Se eu dizer que sei perfeitamente, eu estaria mentindo, mas eu agüento... mas qual é o motivo dessa pergunta?
Kevin – Você vai precisar de tudo isso...
Priscila – Nadar? Nós não íamos andar na trilha?
Kevin – Não usaria o termo andar... seria correr, mas antes de correr, nós vamos ter que pular dentro da água.
Priscila – Mas então, porque fechar a janela e soltar o cinto?
Kevin – Eu vou jogar o carro precipício abaixo.
Priscila – Nãoooooooooooooo!! Você ficou louco, nós vamos morrer desse jeito!
Kevin – Eu sei que é pedir muito mas eu preciso que você confie em mim.

Kevin olha através do espelho retrovisor e vê que o carro está se aproximando cada vez mais.

Kevin – Você topa ou nós vamos ter que continuar correndo deles, até a minha gasolina acabar completamente?
Priscila – Quanto tempo até que ela acabe?
Kevin – 5 minutos no máximo.
Priscila – Eu topo, não corre perigo de pedras?
Kevin – Vamos saber só quando chegarmos lá embaixo, qualquer coisa o carro não corre o risco dele explodir, não temos mais gasolina mesmo.


CAM. mostra Priscila, colocando a mão encima do ombro de Kevin.

Priscila – Eu espero que não tenhamos essa surpresa.
Kevin – Nem eu... Por via das dúvidas foi um prazer ter te conhecido, mesmo que nessa situação toda.
Priscila – Eu digo o mesmo e obrigada por tentar me ajudar, mesmo sem me conhecer direito.
Kevin – Tudo bem, eu acho que tive o que eu vim procurar.
Priscila – Como assim?
Kevin – Eu fugi de casa, atrás de aventuras, acho que consegui uma.


Eles começam a rir...

Kevin - A hora é agora, boa sorte para nós.

Ouve-se o carro acelerar mais ainda e se lançar ao nada.


CAM. em slow motion vemos o carro onde Priscila e Kevin estão dentro cair aos poucos no precipício, até que colide na água.

[FADE OUT]


[Música no fundo 4Ever – The Veronicas]


[Créditos rolando]


Elenco:

Keira Knightley como Priscila

Chris Evans como Mike

Sophia Bush como Aline

Tom Welling como Diego

Bethany Joy Lenz como Nathália

Kristen Bell como Angela


Convidados Especiais:


Jensen Ackles como Scott Davis

Diretor como Diretor

Matt Long como Kevin


Música Tema:

4Ever

Escrito por:

Wendy Finco e Luiz Felipe

Idéia Original:

Wendy Finco

domingo, 17 de fevereiro de 2008

1.11 – The Escape (A Fuga)








[Fade in, a partir de tela preta]




[No fundo ouve-se a voz de Aline, enquanto está rolando cenas do capítulo anterior]

Aline – Anteriormente em 4Ever, enquanto o grupo tenta elaborar hipóteses do paradeiro de Priscila, ela consegue escapar da casa, onde ela tinha sido presa, e consegue correr até uma mata, que tem por perto.


CAM. focaliza de frente Priscila correndo, fica mais próximo do seu rosto e mostra que ela está meio suada. A câmera passa por ela e vai até atrás, onde se encontra o homem que está correndo atrás dela.

Homem 1 (gritando) – Volta aqui garotaaaaaaaaaaaaaaa!!!

CAM. mostra que o homem para de correr atrás de Priscila e se encosta numa árvore.

[CORTA PARA A ACADEMIA MILITAR GEORGE WASHINGTON]

Mike – Nós temos que fazer alguma coisa
Angela – Mas o que?
Aline – Ótima pergunta, pelo menos temos alguém bem realista neste lugar.
Nathália – Nós temos que comunicar que ela desapareceu, a alguém neste lugar.
Diego – Eu concordo contigo Nathy... nós temos que avisar a alguém.
Aline – Mas que alguém?
Mike – Nós podemos avisar para a professora Carina, eu tenho certeza, de que ela vai nos ajudar.
Aline – Essa mulher me da medo.
Angela – Ela não da medo, ela só é... exigente??

[Abertura da série]

[Legenda do episódio de hoje “The Escape”]

[Em tela preta a imagem volta]

Nathália – Exigente? Eu acho que ela é um pouco mais que isso...

[CORTA PARA O MEIO DA MATA]

CAM. mostra as costas de Priscila, que ainda está correndo, ela dá uma olhada para trás e para meio ofegante. A camera da um giro de 360 graus ao redor de Priscila, que volta a correr, desesperadamente.

Se passam uns 30 minutos e Priscila continua correndo no meio da mata, até que ela consegue chegar a uma rodovia, onde nenhum carro passava no momento.

[CORTA PARA O MEIO DO PÁTIO, DA ACADEMIA MILITAR GEORGE WASHINGTON]

Mike – Então vamos nessa galera, vamos falar com a professora, mesmo ela sendo uma pegadora de pé, nós precisamos contar para alguém de confiança e eu confio nela.

CAM. mostra Scott que se aproxima novamente do grupo, depois de ter falado durante um bom tempo no celular.

Scott (com uma cara de certa confusão) – Para onde vocês estão indo?
Nathália – Nós vamos comunicar o desaparecimento de Priscila à professora Carina, todos nós chegamos à conclusão de que ela saberá que medidas tomar em relação a esse problema.
Mike – Faz muito tempo que ela sumiu e nós ainda não nos mexemos para fazer nada.
Scott – Qual é galera! Daqui a pouco ela aparece, também não da para fazer uma tempestade num copo de água, francamente!
Diego (com uma cara de revoltado) – Francamente digo eu! Nós somente somos amigos dela e estamos mais preocupados que você, que supostamente é o namorado. E, aliás, desde quando o fato de se preocupar com uma pessoa desaparecida, é fazer tempestade em copo de água? Ta maluco? Mas tudo bem, eu acho que vou ter que repetir a nossa situação, para ver se você consegue captar a idéia do problema! Priscila está desaparecida e nós nos preocupar com ela, não é fazer tempestade em copo de água, compreende ou vai precisar de mais explicação?

CAM. focaliza o rosto de Angela, que nesse mesmo instante ao ouvir o que Diego está falando, afirma com a cabeça, positivamente. (um sinal de afirmação)

Scott – Ela desapareceu mesmo ou ela só deu uma pequena saída?
Aline – Scott, ninguém sai daqui de dentro durante a semana, esqueceu... que são ordens da própria academia?
Scott – Aline... Aline, aí você está errando, ninguém pode sair durante a semana, salvo com a condição que, aconteça uma situação adversa ou algum superior chame o aluno, com isso ele é obrigado a ir ao lugar destinado.
Mike – É gente, ele nesse ponto, tem total razão, vai ver que ela foi chamada, por alguns dos superiores, para receber alguma informação extra?
Diego – Mas ela teria avisado, ela não é de sumir desse jeito, nunca foi.
Nathália – Deixa ver se eu entendi corretamente, quer dizer que neste exato momento, enquanto nós nos descabelamos, por não saber o paradeiro dela, ela simplesmente pode estar dentro de uma sala com ar-condicionado, sentada numa poltrona fofinha... em alguma reunião?
Scott – Possivelmente... mas nada que nós possamos confirmar, pelo menos por enquanto.
Angela – Mesmo assim, isso não é garantia nenhuma e nós ainda estamos sem saber o paradeiro dela, e se ela se encontra de verdade em segurança. Eu ainda apoio a idéia de nós falarmos com a professora Carina, ela sempre sabe de tudo, que acontece dentro e fora desse recinto, ninguém sai, sem que ela fique sabendo.
Diego (com um sorriso de satisfação, fora do comum) – Eu apoio a idéia também, é melhor prevenir, que ela está bem do que remediar, caso ela não se encontre bem.
Mike – Bom, eu acredito, que não irá nos acontecer nada demais, se nós perguntarmos a ela se tem alguma informação, mesmo que ela não nos fale do real paradeiro, pelo menos vai poder nos informar, se ela está ou não em segurança, por mim, nós vamos perguntar sim.
Aline – Então, o que nós estamos esperando aqui? Vamos logo, quanto mais rápido soubermos notícias, mais rápido o nosso coração fica aliviado.

CAM. mostra todos caminhando em direção à parte interna do colégio. Fica bem perto de Diego, que se vira e fica de frente para Scott.

Diego (olha para Scott) – Ei cara, você vai ficar aí ou você vai nos acompanhar até a sala da professora?

Todos nesse instante se viram, para ver o diálogo entre Diego e Scott.

Scott – Vou sim (andando em direção ao grupo).

[CORTA PARA O MEIO DA RODOVIA]

CAM. está meio distante e vai se aproximando de uma pessoa que está sentada, do lado do acostamento.

Priscila (falando em voz alta) – Droga, eu estou no meio do nada, sem celular, sem saber sequer onde eu estou como eu vou conseguir sair desta...

CAM. da um giro de 180º e coloca à mostra um carro (Volvo) azul marinho, em alta velocidade, indo em direção à Priscila. Dentro se vê um rapaz que aparenta ter uns 19 anos, que freia bruscamente quando vê a pessoa sentada no acostamento da estrada. Mostra ele saindo do carro e olhando para Priscila.

Rapaz (tirando os óculos de sol do rosto) – Oi?
Priscila (levantando o rosto e tampando com uma mão os seus olhos, para não bater o sol) – Oi, você é de verdade... ou é uma miragem?
Rapaz (tentando conter o riso) – Eu ainda acho que sou de verdade, mas será... que nós estamos num mundo alternativo e você é uma bela dama, que apareceu, para alegrar o meu dia?
Priscila (levantando do chão) – Eu bela dama, nesse estado catastrófico que eu me encontro?
Rapaz (olha ela de cima para baixo e de baixo para cima) – Até que nem está tão ruim, para mim continua sendo uma bela dama, (estende a mão para cumprimentar), eu sequer me apresentei, meu nome é Kevin.
Priscila (olha meio curiosa para o rapaz, que se encontra na frente dela, cumprimentando) – Você falou que nem se apresentou, mas eu também, não me apresentei... o meu é Priscila, fazer Kevin.
Kevin Matt Long - Mas eu não sei o que você, bela dama... está fazendo neste fim de mundo, sozinha e andando â pé, o teu carro por acaso quebrou ou alguma coisa nesse sentido?
Priscila (tentando esconder uma risada, que logo após sai sem querer) – Eu tenho quase certeza, que você não irá acreditar em mim, mas eu vou tentar...
Kevin (interrompendo a fala de Priscila) – Perdão por te interromper, mas se você começa praticamente, te desacreditando, como eu irei acreditar?
Priscila (fica meio corada) – Não foi isso que eu quis transmitir, mas se você interpretou por esse lado, eu fico meio constrangida.
Kevin (sorrindo) – Não tudo bem, eu só estou tentando quebrar o gelo, que existe entre nós dois, você me parece ser uma boa pessoa, não pensaria nada a teu respeito, sem antes te conhecer de verdade.
Priscila (ainda meio corada) – Nunca tinha conhecido esse método de quebrar gelo com as pessoas, mas está valendo, eu acredito...
Kevin (sorrindo) – Não precisa ficar com vergonha, se você neste exato momento, me falar que é um ET, eu irei acreditar em você, basta falar.
Priscila (começando a se soltar, sorrindo) – Não eu não cheguei nessa parte de ser um ET, mas digamos que eu estou perdida no meio do nada e não sei como voltar para a minha escola.
Kevin (olha meio de lado para ela, com cara confusa) – E como você veio parar aqui e para onde você vai?
Priscila – Longa história, mas eu preciso chegar na Academia Militar George Washington ou pelo menos até um telefone próximo, preciso me comunicar com alguém.

[CORTA PARA A SALA DA PROFESSORA CARINA]

Diego, Nathália, Mike, Scott, Aline e Angela, entram na sala da professora Carina, em fila indiana, conversando alto.

Carina (com um ar irritado) – O que vocês pensam que são para entrar fazendo essa algazarra na minha sala?
Scott (olha diretamente para ela e presta continência) – Perdão Senhora!
Carina (falando grosseiramente) – Perdão? Vocês invadem a minha sala, parecendo uns animais desgovernados e ainda pedem perdão? Façam-me o favor de se retirar da minha sala imediatamente! Angela, logo você, metida com essa gangue, eu não imaginava nada disso!
Angela (baixa os olhos e foca o chão) – Não professora, eu não estou metida no meio de nenhuma gangue, pelo contrário...
Carina (com raiva) – Eu não quero saber, você caiu bastante no meu conceito, aparecendo com essas criaturas na minha sala, como se isso aqui fosse uma fera ao ar livre!
Mike (falando num tom baixo) – Com todo o respeito que nós temos pela Senhora, professora Carina, nós viemos aqui com o intuito de nos informar a respeito do paradeiro de uma pessoa.
Carina (baixa um pouco o tom de voz) – Paradeiro de uma pessoa? Vocês andaram fumando alguma coisa por acaso?
Diego – Não professora, nós viemos nos informar, se a senhora por acaso, saberia nos dizer onde se encontra Priscila.
Carina (uma cara de surpresa) – Mas que tipo de pergunta é essa? Todos os alunos estão neste recinto.
Nathália – Licença professora, mas a senhora tem certeza que ninguém deixou a Academia hoje, em hipótese alguma?
Carina (arqueia uma sobrancelha) – Eu vou conferir isso, um segundo. (pega o telefone e começa a falar com alguém no outro lado)

Enquanto a professora fala pelo telefone, o grupo fala baixinho entre si.

Angela (sussurrando) – Ela não tem noção do que está acontecendo, isso quer dizer que, ela está desaparecida mesmo.
Nathália (falando bem baixo) – Angela tem razão e eu estou ficando cada vez mais preocupada com ela, faz muito tempo que ela sumiu.
Diego – O que nós vamos fazer agora?
Mike – Nós temos que manter a calma, nos desesperar não irá resolver e nem trazer ela de volta.
Scott – Eu concordo plenamente com o Mike, não adianta ficar arrancando os cabelos.
Diego – Resolveu se manifestar?
Angela – Diego, não provoca, por favor... a situação está bem ruim e você ainda fica implicando com o cara? É melhor ficar quieto.
Aline – É Diego, não complica mais a coisa faz o favor!

A professora desliga o telefone e olha para o grupo, que prontamente ficam parados em posição de continência.

Carina – Podem descansar!
Scott – Então professora, alguém saiu do colégio hoje?
Carina – Primeiro me esclareçam, quem vocês acham que saiu daqui de dentro?
Mike – Nós estamos atrás da Priscila.
Angela – É ela ficou de me encontrar no campo, para iniciar a detenção dela, que seria na equipe de treino, eu passei uma hora esperando por ela e nada.
Scott – E ela tinha se despedido de mim e me avisado, que ia para a detenção.
Nathália – E até agora, ela não apareceu.
Carina (com um ar de preocupação no rosto) – Ninguém saiu daqui de dentro...

CAM. mostra a cara da desespero de um por um, passa o rosto de cada um em slow motion e volta ao normal.

[CORTA PARA O MEIO DA RODOVÍA ONDE PRISCILA E KEVIN CONVERSAM]

Kevin – Eu tenho um celular, você pode usar para se comunicar com alguém que você quiser, eu só não sei se está tendo sinal aqui, nesse lugar mais que deserto, se tiver sinal, vai ser ótimo!
Priscila (abrindo um sorriso) – Isso seria ótimo, tem como você me emprestar o teu celular?
Kevin (tirando um celular de dentro do bolso da calça, entendendo) – Claro, fique a vontade, para ligar.
Priscila (sorrindo) – Obrigada! (olha para o celular, que diz ‘sem serviço’). Droga ele está sem serviço.
Kevin (faz uma cara de desanimado) – Nesse fim de mundo, só poderia estar sem serviço mesmo.

CAM. focaliza um carro que faz uma curva bem perigosa e vem em alta velocidade, um homem coloca a cabeça para fora do carro. Da um giro de 360 graus e mostra a cara de Priscila, que é de total descrença.

Priscila (gritando) – Kevin nós temos que fugir desses homes (começa a correr), veeem!!!

CAM. mostra eles entrando dentro do carro e Kevin ligando o carro.

Kevin (meio desnorteado) – O que eu faço?
Priscila (gritando nervosa) – Nos tira daqui o mais rápido possível, vamooos

Kevin acelera o carro o mais rápido possível, dirigindo no meio da rodovia.

Kevin – Priscila, quem são eles?
Priscila – Eles são malvados e me seqüestraram...
Kevin – O QUE?!
Priscila – Anda!!!

CAM. mostra numa vista aera os dois carros em alta velocidade no meio rodovia, o que vem logo atrás do carro onde Priscila e Kevin estão, encosta bastante no carro deles e bate de leve nele.

Priscila (gritando de medo) – Keeeevin, nós vamos morrer!
Kevin (mantendo os olhos na estrada) – Eu vou nos tirar dessa situação, agüenta firme.

CAM. mostra com uma vista aérea o carro onde Kevin e Priscila estão, acelerando mais ainda, da uma distância do carro que os persegue e dá um cavalo de pau virando e indo na direção contrária ao que eles estavam tomando.

Priscila – Nós estamos indo para onde? Eu estou morrendo de medo!
Kevin – Eu estou tentando nos tirar dessa enrascada!

[CORTA PARA A SALA DA PROFESSORA CARINA]

Angela – Impossível professora, Priscila não se encontra aqui, nós procuramos em todos os lugares possíveis e impossíveis!
Carina – Eu vou falar com o Diretor, para ver o que nós podemos fazer, me acompanhem!

[FADE OUT]



[Música no fundo 4Ever – The Veronicas]



[Créditos rolando]


Elenco:



Keira Knightley como Priscila


Chris Evans como Mike


Sophia Bush como Aline


Tom Welling como Diego


Bethany Joy Lenz como Nathália



Convidados Especiais:


Jensen Ackles como Scott Davis



Kristen Bell como Angela


Homem 1 como Homem 1

Matt Long como Kevin



Música Tema:


4Ever




Escrito por:


Wendy Finco e Luiz Felipe




Idéia Original:


Wendy Finco

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

1.10 – Everywhere (Em Todo Lugar)


[Fade in, a partir de tela preta]
[No fundo ouve-se a voz de Aline, enquanto está rolando cenas do capítulo anterior]

Aline – Anteriormente em 4Ever, um trágico acontecimento se abateu sobre as cabeças dos amigos, enquanto eles não sabem do paradeiro de Priscila, o resto busca dentro da própria academia desesperadamente por ela, sem muito sucesso, mal sabem eles do terrível engano que foi cometido por parte dos bandidos.

CAM. focaliza o rosto do Homem 1, que tem uma lanterna apontada no seu rosto, que acaba produzindo, praticamente a única luz, que existe dentro do quarto. Uma expressão de confusão.

Homem 1 (balbuciando) – Não senhor, não pode ser, eu trouxe a garota que mandaram trazer, eu não errei.
Jones (gritando) – Não! Claro que não é ela, uma vez que se fosse ela eu não teria te chamado de burro.
Homem 2 – Quem foi que te falou que era para trazer ela?
Homem 1 – O Senhor claro, foi o que encomendou que eu a trouxesse.
Homem 2 – Mas é claro que não era ela... eu mandei trazer a filha do químico, não uma desconhecida.
Jones – Chefe isso nem adianta mais, ela é a garota errada, não serve para nada.
Homem 1 – E o que... o que... eu faço com ela agora?
Homem 2 – Sabe o que eu quero fazer? Eu quero torcer o teu pescoço, por trazer a garota errada e ainda por cima, me fazer vir aqui, desnecessariamente, é isso que eu quero fazer agora. Jonas, vamos embora!

CAM. mostra as costas dos dois caras que se dirigem para fora do quarto escuro, uma luz forte que vem do lado de fora da porta, que aparece quando ela é aberta.

Homem 1 – Mas chefe, o que eu faço com ela?
Homem 2 – Livre-se dela e te vira.

CAM. mostra a porta se fechando e o quarto, mergulhando em escuridão, quase completamente.
[Abertura da série]

[Legenda do episódio de hoje “Everywhere”]

[Em tela preta a imagem volta]

CAM. mostra a cara de pânico de Scott, enquanto se escuta a voz de Aline.

Aline (com uma cara meio assustada) – Eu não a vi, mas qual é o motivo de tamanha preocupação?
Angela – Ela não apareceu no treino de hoje à tarde...
Aline (contendo um pouco o riso) – Era de se esperar, ela odeio a equipe de treino, então...
Scott (interrompe a fala de Aline) – Mas nem o celular ela atende.
Angela – Eu não a conheço muito bem, mas eu não acredito que ela seja capaz de sumir assim.
Aline – É, e ela não é de fazer isso mesmo... já tentaram os meninos o Mike e o Diego?
Scott – Só faltou Diego, mas Mike e Nathália, estão lá, e nós marcamos de encontrá-los na frente do refeitório.
Angela – Eu acho melhor, nós irmos para lá, Scott.
Aline – Eu vou com vocês.

[CORTA PARA A ENTRADA DO REFEITÓRIO]

Scott – E então, alguma coisa?
Nathália – Nada e vocês??
Angela – Nada ainda...
Diego – Celular?
Mike – Já tentamos e nada.
Aline – Sem querer assustar, mas já assustando, vocês pensaram na hipótese de seqüestro?
Angela – Seqüestro?? Tem motivos para isso?

CAM. focaliza Aline, colocando as duas mãos encima da boca.

Angela – O que eu não estou sabendo, que vocês sabem?
Aline (olhando para Nathália) – Perdão, eu não deveria ter falado nada.
Diego – Eu acho que é tarde demais para isso, Aline.
Scott – Droga Aline! Era para você ficar calada!
Mike – Scott! Se controla cara, ela deixou escapar, pode acontecer com qualquer um, mas tenho certeza, que não foi por mal, relaxa homem!
Angela – O que gente?
Diego – Mesmo assim, era para ela ter ficado calada.
Nathália (da um pequeno grito) – CHEGA!

CAM. vai passando cena, de alguns alunos que passavam pelo corredor enfrente ao refeitório olhando Nathália que tinha dado o grito. Volta e focaliza Nathália, que está meio vermelha, de vergonha.

Nathália – Vamos sair daqui antes, que eu explico Angela... e gente, nada demais, ela tem direito de saber também, ela está tão preocupada com qualquer um de nós agora.
Angela – Obrigada, pela consideração (lançando um olhar de fúria para Scott e Diego)
Diego – Não foi falta de consideração nossa só que é assunto dela.
Scott – Não te mete guri e Angela... realmente, foi uma falha, perdão.
Angela – Tudo bem.
Nathália – Nós podemos sair daqui?
Mike – Claro.
Aline (mexendo a cabeça) – Uhum.

[CORTA PARA A CASA ABANDONADA]

CAM. vai mostrando meio de longe a imagem de Priscila amarrada na cadeira com a cabeça baixa.

Priscila (pensando) – Eu tenho que sair daqui, eu tenho que sair... eu não posso ficar aqui, ele não pode fazer nada comigo. Mas o que eu posso fazer, eu não sei onde está minha bolsa nesse lugar...

[COMEÇA UM FLASHBACK DE ALGUMAS PARTES DA VIDA DE PRISCILA, QUE É O QUE ELA ESTÁ PENSANDO NO MOMENTO]

[COMEÇA A TOCAR UMA MÚSICA DE FUNDO, BEM BAIXINHA Gigi d´Agostino – I´ll fly with you]

CAM. mostra algumas cenas de quando ela era pequena e gradativamente, vai passando cenas dela crescendo, com os seus pais, alguns amigos... até que chega no momento, quando ela entra na Academia Militar George Washington, o seu primeiro dia, quando ela conhece Aline, Diego, Mike... o tempo vai passando, até que começa a mostrar algumas cenas do treinamento de proteção... o primeiro dia no acampamento, quando ela se chocou com Scott pela primeira vez, quando ele acidentalmente vinha correndo e olhando para baixo e trombou com ela.

Scott (olhando nos olhos de Priscila e recolhendo a bolsa dela) – Perdão, eu não queria ter feito isso...
Priscila (olhando com uma pontada de raiva) – Claro, nunca querem fazer certas coisas.
Scott (esboça um pequeno sorriso) – Eu não fiz por mal, acredite... eu só estava meio perdido nos meus pensamentos.
Priscila – Já pensou em se perder nos pensamentos, olhando para frente?
Scott – Faria diferença?
Priscila – Veria o caminho, oras...
Scott – Perdido em pensamento, ninguém nota nada, mesmo olhando para frente. (pisca)

CAM. mostra cenas do verão, no acampamento de treinamento continuam passando, quando se detém, em outra cena com Scott... numa noite cheia de estrelas e eles conversando perto do lago.

[MÚSICA FICA BAIXA A PONTO DE NINGUÉM MAIS OUVIR NADA... E COMEÇA UMA OUTRA MÚSICA QUE COMEÇA QUASE INAUDÍVEL E VAI AUMENTANDO, MAS AINDA NUM TOM BAIXO Everywhere – Michelle Branch]

Scott – Já ouviu uma música, chamada Everywhere?
Priscila (olhando para Scott) - Eu acho que já ouvi sim, mas não estou muito bem lembrada.
[A MÚSICA FICA UM POUCO MAIS ALTA À MEDIDA QUE SCOTT VAI FALANDO]

Scott – Tem uma parte que me lembra muito você... “Cuz you're everywhere to me, And when I close my eyes it's you I see, You're everything I know that makes me believe, I'm not alone” (Porque você está em todos os lugares pra mim, e quando eu fecho meus olhos, é você quem eu vejo você é tudo que eu conheço que me faz acreditar, eu não estou sozinho)

[ A MÚSICA TOMA CONTA DE TODO O ÁUDIO]

CAM. mostra Scott abraçando Priscila... e tendo uma conversa bem animada, ainda abraçados.

[FIM DO FLASHBACK]

[MÚSICA PARA DE TOCAR]

Homem 1 – Oh garota? ACORDA!

Priscila levanta o rosto devagar olha para o homem

Homem 1 – Eu trouxe algo para você comer, eu vou soltar você, mas nem tente fazer alguma gracinha, se não eu deixo você morrer de fome, até a eternidade. Está entendido?

Priscila faz um gesto de sim, com a cabeça. Ele tira a mordaça de Priscila e solta suas pernas e solta os seus braços também.

Homem 1 – Agora fica sentadinha ai, que eu vou pegar a comida e já trago. Não inventa nada, que possa te prejudicar.
Priscila – Tudo bem pode ir... eu não vou tentar nada, tenha certeza.
Homem 1 – Isso de ter certeza, você poder até ter, eu não tenho certeza, em você.

CAM. mostra Priscila sozinha dentro do quarto. E vai procurar a comida, na cozinha da casa.

[CORTA PARA UMA MESA, NO PÁTIO DA ACADEMIA]

Nathália – E agora você entende Angela, o motivo de Aline, ter falado do seqüestro.
Angela (com uma cara de descrença) – Isso é um absurdo, mas realmente... é um ótimo motivo para um seqüestro, mas logo ela???
Mike – É isso que eu ainda não entendo, se o problema é com os pais de Nathália, qual é o motivo deles seqüestrarem Priscila?
Diego – Ela faz parte, do grupo que protege Nathália, então é um ótimo motivo.
Aline – Mas assim, o Scott teria sido levado também.
Angela – Scott?

CAM. mostra Scott que está olhando para o nada, enquanto os outros estavam conversando.

Mike – Scott!

[CORTA PARA DENTRO DA CASA]

CAM. mostra Priscila andando de um lado para o outro dentro do quarto e logo depois o homem entra dentro do quarto trazendo uma bandeja. Priscila pula encima dele, fazendo com que vire a bandeja encima dele e sai correndo pela porta.

Homem 1 – Volta aqui garotaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!

[CORTA PARA O GRUPO DE AMIGOS]

Angela – Eu acho que ele está viajando nos pensamentos.

Diego da um soco na mesa.

Diego – Scott! Acorda homem!
Scott – Como??
Aline – Gente que ama, é assim mesmo, vive perdido.
Nathália – Gente vamos dar um desconto para o cara... ele só está preocupado.
Mike (rindo) – Mas nós temos que nos concentrar no que fazer.
Scott – Já volto...

[CORTA PARA O EXTERIOR DA CASA ABANDONADA]

CAM. mostra de frente Priscila correndo, meio que de lado e indo em direção a uma mata fechada e logo atrás dela vem o homem correndo atrás dela.

Tela se divide em dois, de um lado mostrando a cena de Priscila correndo no meio da mata, com o homem perseguindo ela e do outro lado Scott falando com alguém no celular. A tela volta a ficar completa, no diálogo de Scott.

Scott (no celular) – Pai, eu preciso falar contigo.

[CORTA PARA A MESA, ONDE ANGELA, ALINE, DIEGO E NATHÁLIA, ESTÃO]

Angela – O que será que ele está falando?
Aline – Eu acho que ele deve estar falando com o pai dele... a mãe dele é senadora, vai ver que ela nos ajuda.
Mike – É verdade...

[CORTA PARA A MATA]

CAM. mostra o rosto todo vermelho de Priscila e o homem quase alcançando ela.]

[FADE OUT]

[Música no fundo 4Ever – The Veronicas]

[Créditos rolando]

Elenco:
Keira Knightley como Priscila
Chris Evans como Mike
Sophia Bush como Aline
Tom Welling como Diego
Bethany Joy Lenz como Nathália
Convidados Especiais:
Jensen Ackles como Scott Davis
Kristen Bell como Angela
Homem 1
Trilha Sonora:
I´ll Fly With You – Gigi D´Agostino
Everywhere – Michelle Branch

Música Tema:
4Ever
Escrito por:
Luiz Felipe
Idéia Original:Wendy Finco