[Fade in, a partir de tela preta]
[No fundo ouve-se a voz de Diego, enquanto está rolando cenas do capítulo anterior]
Diego – Anteriormente em 4ever, os seqüestradores continuam na cola de Kevin e Priscila, enquanto Angela, faz uma semi revelação, bem assustadora para o resto da turma, que estava esperando que o Diretor terminasse de falar comigo.
CAM. focaliza bem de perto o rosto de Priscila, da um close no olho dela, que se abre rapidamente. E logo da um giro e focaliza o sorriso de Kevin.
Kevin (com os olhos brilhando) – Você está viva.
Priscila (falando com um pouco de dificuldade) – Sim, eu acho que estou...
Kevin levanta um pouco o corpo de Priscila e a fica segurando, contra o peito dele, abraçando-a.
Kevin (com os olhos brilhando, ainda) – Eu pensei, que você... estivesse morta, você quer me matar do coração, ficando sem me responder?
Priscila (com os olhos cheio de lágrimas, mas com um pequeno sorriso no rosto) – Eu que pensei que tinha morrido e tinha encontrado a luz no fim do túnel, quando eu vi o clarão... Kevin fui eu que saí de dentro do carro sozinha ou foi você que me tirou de lá?
Kevin (se afasta um pouco dela) – Não, se dependesse de você, ia virar peixinho ou não sei outro jeito de não morrer lá dentro... eu prometi a você, que iria te tirar, você meio que apagou, logo após segurar o meu braço.
[Abertura da série]
[Legenda do episódio de hoje “Home!”]
[Em tela preta a imagem volta]
[CORTA PARA O LADO EXTERIOR DA SALA DO DIRETOR]
Nathália – Gente, eu vou atrás do Scott, para conseguir alguma informação com tudo isso, eu estou chocada ainda...
Mike (ainda com o rosto meio pálido) – Tudo bem, eu acho que da para conseguir alguma coisa, andando junto com ele, não acho que ele vá desconfiar de você.
Angela – É uma boa idéia mesmo, ele ter alguém na cola dele, eu até tentaria, mas ele não foi muito amigável comigo, então eu desisto.
Nathália sai da sala e parte em direção ao corredor, onde some no meio de vários alunos, que transitam.
Mike – Angela, eu ainda não acredito, que ele seja capaz de ter mandado seqüestrarem, a própria namorada, a família dele é super tradicional, está metida em tudo quando é buraco, desde o senado, até uma indústria petroquímica.
Angela – Mike, eu estou te falando do que eu ouvi, mas eu não disse que era para ela ter sido seqüestrada, eu disse que ele queria que a mandassem de volta e o quanto antes possível.
Aline – Ok gente, eu não estou entendendo mais nada, mas nem se importem, uma hora, eu vou conseguir acompanhar o assunto dos dois (olha para o seu relógio), e sem querer desviar o assunto, mas já desviando, por mero acaso... eu acho que Diego, já passou tempo demais lá dentro com o diretor e eu estou ficando preocupada, vocês não?
Angela (olhando para Aline, abre um pequeno sorriso) – Eu também estou bem preocupada com a demora dele, mas não existe nada que nós possamos fazer, estamos com as mãos atadas, o diretor é o diretor, não da para fazer nada contra isso, mas olha se você quiser entender o que o Mike e eu estamos falando eu posso explicar o que está acontecendo... é o seguinte.
Aline (sorrindo) – Tudo bem Angela, eu só estava brincando mesmo, eu nem sei se mesmo entendo tenho condições de acompanhar a linha de raciocínio de vocês
Mike – Angela, eu não consigo assimilar, ele fazendo parte de uma coisa dessas, um seqüestro, você sabe o quanto isso é terrível, se descobrem?
Aline (olhando para o seu relógio) – Gente é sério... eu sei que o papo está ‘cult’, até demais entre vocês dois, mas o Diego continua lá dentro e faz muito tempo já, alguém quer parar para poder entender o que está acontecendo com ele também, mesmo ele estando em segurança, não é menos importante. Será que aconteceu alguma coisa com ele.
Mike – É verdade Aline, eu estava ao mesmo tempo falando mas pensando nele, eu não sei o motivo do diretor ficar prendendo o Diego lá dentro, ele não sabe de nada, quem deveria estar lá dentro ela o Scott
[CORTA PARA O MEIO DA MATA]
Homem 2 (resmungando) – Eu agora, estou vendo, que a idéia de pular lá de cima, até que não teria sido uma má idéia.
Homem 1 – O que te impediu de pular?
Homem 2 – Nem quero responder a essa pergunta mais que idiota.
Homem 1 – Idiota, é você... que está quase chegando ao local e ainda pensa em algo, que nem sendo a última alternativa do mundo, você iria fazer. Agora chega! Para de reclamar.
[CORTA PARA A MARGEM DO RIO]
Kevin – Pri, agora vem à segunda parte da fuga, nós temos que sair daqui e logo, os caras a essa altura, já devem estar mais que atrás de nós.
Priscila – Nós temos que ir agora, quer dizer... neste exato minuto?
Kevin – Sim, nesse exato minuto... ou as coisas podem ficar feias para nós e ter jogado o carro lá de cima e arriscar a nossa vida com isso, pode ser em vão, eu acho que ninguém aqui, quer ser pego, por aqueles caras... eu não quero, você quer?
Priscila – Não, eu não quero também, é melhor nós irmos mesmo, vamos?
Kevin - Eu acho que entendi o motivo da tua pergunta...
Priscila – Que pergunta?
Kevin - Se nós tínhamos que ir agora... Pri, você agüenta caminhar ou está complicado?
Priscila – Acho que agüento sim... (abrindo um sorriso bem pequeno)
Kevin se levanta um pouco e estende um braço para segurar Priscila.
Kevin – Se você não se importar... (se abaixa um pouco e pega Priscila nos seus braços, a segurando), tenta se segurar no meu pescoço, assim vai ficar mais fácil, para eu andar e te levar, de uma maneira mais confortável.
Priscila (se segura no pescoço de Kevin e encosta a cabeça dela no ombro dele) – Muito obrigada Kevin, depois de tudo que você já tem feito, eu sei que não vou ter que como fazer alguma coisa, para compensar, mas você tem a minha eterna gratidão, pode parecer pouca coisa, mas para mim, significa muito.
Kevin (segurando Priscila nos seus braços) – Não tem o que agradecer Priscila e, aliás, claro que isso vale muita coisa para mim também. Agora, se você não se importa... vamos andando, quer dizer... deixa eu ir andando contigo. (rindo)
Priscila abre um sorriso, Kevin começa a andar com ela nos braços se dirigindo até a mata.
[CORTA PARA O MEIO DA MATA]
Homem 1 – Eu já estou começando a ouvir o barulho da água...
Homem 2 – É, da para sentir, pelo crescimento da umidade no ar.
Homem 1 (falando sarcasticamente) – E desde quando você é o homem do tempo?
Homem 2 (com uma cara emburrada) – Desde que você virou o cara mais sábio do mundo, não percebeu? Deixa de burrice cara, você sente um clima totalmente diferente, quando vai se chegando perto de um rio, quem te vê falando desse jeito, até pensa que você nunca morou perto de um rio... aliás, que morou debaixo de uma ponte.
Homem 1 (rindo debochadamente) – Cara, você quer bancar o sabido... mas deixa eu te lembrar de uma coisa... você não é nem um pouco esperto irmãozinho, nada do que você fizer vai mudar essa realidade grotesca tua.
Homem 2 – Realidade grotesca é a que tu mora cara, em vez de tentar ser alguém descente nessa única vida que se tem, você prefere bancar o “esperto” (fazendo sinal com as mãos de “aspas”)... mas que no fundo, até uma criancinha consegue te enganar facilmente. De qualquer maneira (aponta para um pequeno lugar entre as árvores que é de cor azulada)... olha o rio aí, vamos logo!
[CORTA PARA UM LUGAR NO MEIO DA MATA, PERTO DO RIO]
Kevin (segurando Priscila nos seus braços) – Eu sei de um pequeno vilarejo que tem por perto, que tem um posto de gasolina e acredito que tenha uma linha telefônica lá, da para pedir ajuda lá a alguém da academia e ainda é bem seguro.
Priscila – Daqui a uns 20 minutos vai começar a ficar tudo escuro e vai ser mais complicado de achar as coisas.
Kevin – Eu não consigo andar mais rápido do que eu estou andando já, eu posso até tentar, mas acho super inseguro eu posso pisar em algum buraco ou em alguma pedra e os dois cairmos.
Priscila (rindo) – Eu já posso andar sozinha, acho melhor você me colocar no chão... e assim, da para andar mais rápido.
Kevin (coloca Priscila no chão) – Então ótimo, se der para você correr... vai ser melhor ainda para nós dois.
Priscila (acelera o passo) – Claro que da para correr!
Kevin – Então vamos correr!
[CORTA PARA A ANTE SALA DO DIRETOR]
Mike – Realmente, ele está demorando demais lá dentro, eu estou ficando mais nervoso do que eu já estava, que saco.
Aline – Pelo menos nós sabemos que ele está em segurança, ao contrário de Priscila, que ninguém sabe onde ela está.
Angela – Realmente Aline, você está coberta de razão, pelo menos nós sabemos que ele está em total segurança e, aliás, eu estou pensando seriamente em falar com Scott, eu ainda não consigo conceber, que ele tenha relação com o seqüestro da própria namorada, eu simplesmente não acredito nisso, é inacreditável!
Mike – Eu te acompanho Angela, acho melhor você não ir sozinha.
Aline – Mas gente, Nathália já foi atrás dele... acho que é melhor não nos metermos, vai que ele se assusta e acaba não falando nada, é melhor deixar que ela cuida sozinha das coisas, ele meio que (fazendo sinal de aspas com as mãos) “confia” nela, então é melhor deixar ela resolver tudo sozinha. E se ele for malvado mesmo, ele vai se fechar.
Angela – É realmente Mike... eu acho melhor deixar que Nathália resolva tudo sozinha, Aline está coberta de razão, ele vai querer escapar de nós e vai ser pior, vai que ele manda matá-la com medo? E fora que Nathália já está o bastante assustada com tudo isso.
Mike – Verdade, ela está muito assustada mesmo, da para ver pela cara dela, quando olha para as coisas, como se alguém fosse pegar ela... mas gente, se ele for malvado mesmo, ele vai querer pega-la, para completar o plano dele, eu acho que é melhor nós irmos pelo menos atrás dela e ficar de olho, para que nada de mal aconteça com ela, responsabilidade nossa cuidar dela, já que não temos mais Priscila.
Aline – E nós temos que tentar resolver isso rapidamente (olhando para o relógio), o tempo está passando e logo logo vai ser de noite.
Angela – E pior do que a noite estar chegando é o toque de recolher também estar chegando junto!
Mike – Realmente, nós temos que fazer alguma coisa e logo!
[CORTA PARA UM DOS CORREDORES DA ACADEMIA]
Se vê Nathália correndo atrás de um garoto e quase gritando.
Nathália (meio ofegante para do lado de Scott e começa a andar na mesma velocidade dele) – Cara, você está bem?
Scott – Estou sim Nathália, mas eu resolvi tomar alguma atitude independente, cansei de ouvir, que eu não faço nada para ajudar a minha namorada, assim não da e fora que eu também cansei de praticamente ser acusado de coisas que eu nada tenho a ver.
Nathália – Mas você precisa de alguma ajuda? Eu estou disposta a te ajudar a conseguir ter Priscila de volta, ela sempre me cuidou tão bem, queria poder fazer alguma coisa para ajudá-la nesse momento.
Scott – Não, eu não preciso de ajuda nenhuma, eu vou conseguir trazê-la de volta sã e salva e sem ajuda de ninguém... ou bem, sem ajuda de nenhum dos amigos dela, que só pensam o pior ao meu respeito.
Nathália – Scott, eu não penso nada de ruim a teu respeito... ou bem, eu tento não pensar nada de ruim, mas você se fecha e acaba complicando as coisas pro teu lado, eu realmente quero acreditar que você não tem nada a ver com essa história toda, mas você tem que colaborar e me ajudar também!
Scott (coloca cada uma das suas mãos nos ombros de Nathália, olhando nos olhos dela) – Entende! Se ela realmente foi seqüestrada, que eu tenho quase certeza de que ela foi... não é bom você se meter, quem a seqüestrou sabia, que ela trabalhava na tua segurança, você não pode se meter nisso, vai ser pior para você e para nós, que temos que te cuidar e outra... Priscila, não iria gostar de te ver em apuros por conta dela, tua segurança vem em primeiro lugar e isso, ficou bem claro para todos nós, quando aceitamos a tarefa de te cuidar aqui dentro e fora daqui.
Nathália – Dane-se minha segurança agora Scott, eu só quero ajudar a encontrar e quero respostas!
Scott – Que tipo de resposta Nathália?
Nathália – Eu quero respostas a perguntas do tipo... porque você não tentou fazer nada para encontrá-la? Ou porque você tem sido tão passivo em relação a este seqüestro?
Scott – Eu não tenho sido passivo Nathália, eu só tenho agido por baixo dos panos, mas parece que para ser reconhecido tem que fazer alarde, em relação a toma algum cuidado, eu só tenho muito mais envolvido do que esse simples seqüestro eu tenho toda uma vida por trás disso, tenho todo um círculo de relacionamentos e tenho toda uma história para ter parado aqui dentro, eu não estou aqui, por acaso!
Nathália – Então me conta, eu quero entender tudo isso, eu quero ter um motivo para voltar até Mike, Aline, Angela e Diego e ter algum fundamento para poder te defender com unhas e dentes diante deles, por favor... tenta me fazer entender tudo isso!
Scott – Tudo bem, eu te conto tudo que está acontecendo por trás dos bastidores, mas não pode ser aqui no corredor, eu tenho algumas coisas a te mostrar e não pode ser na frente de todos, se não vão achar bem suspeito tudo isso.
Nathália – A essa altura, eu vou a qualquer lugar, só com a esperança de tentar entender tudo que está acontecendo contigo e poder te ajudar, você sabe que pode confiar sempre em mim, mas eu quero confiar em você também!
Scott – Tudo bem, eu vou fazer por merecer essa tua confiança e vou te contar o que está acontecendo, mas primeiro deixa eu só dar um telefonema, para que eu possa ser autorizado a te levar num local.
Nathália – Tudo bem, você pode fazer o que quiser... mas na minha frente, não quero te perder de vista, se não você vai fugir de mim (mostrando a língua).
Scott (esboçando um sorriso) – Certamente, não irei fugir de você, pode ficar tranqüila.
Scott pega o celular, que estava dentro do seu bolso e marca a discagem automática.
[CORTA PARA DENTRO DA SALA DO DIRETOR]
Diretor – Bom Diego, eu espero que você tenha entendido perfeitamente o que tem acontecido e que eu possa também contar contigo, para manter essa informação em sigilo, até segunda ordem... posso contar?
Diego – Eu não posso contar a ninguém?
Diretor – Não Diego, eu preciso que você fique completamente em silêncio, nada de contar nada a ninguém e se você abrir a boca e eu ficar sabendo, não vou gostar nem um pouco disso, pois eu tentei confiar em você e você me traiu.
Diego – Tudo bem senhor, não contarei a ninguém... o segredo, vai ser mantido em sigilo, até segunda ordem, mas eu ainda não entendo o motivo para tudo isso ficar escondido e em segredo.
Diretor – Diego, eu sei que você tem um grande coração e por isso mesmo, que eu contei tudo para você, você tem um coração nobre... algo muito raro de ser encontrado nos nossos dias e quando for o momento certo, saberá a coisa mais sábia a fazer, eu confio em você.
Diego – Como o senhor pode ter tanta certeza, que eu não contarei nada a ninguém?
Diretor – Primeiro, eu confio no meu tato e depois você mesmo sabe que é leal às promessas que você faz e pode parecer que eu só peguei você ao acaso, mas você está enganado, não peguei você sem selecionar, eu poderia ter pego outro, mas escolhi você.
Diego – Mais alguém sabe de tudo isso?
Diretor – Com certeza, eu precisava mais de uma pessoa para confiar esse segredo.
Diego – Então me fale quem é.
Diretor – Você realmente quer saber quem é o segundo elemento, que mantém esse segredo guardado por muito tempo?
Diego – Certamente, eu fiz a pergunta... pode me responder?
Diretor – Eu posso até te contar, mas aí entra um segundo favor que você terá que fazer para mim...
Diego – Eu faço qualquer coisa, desde que eu fique ciente de quem mais sabe de tudo isso.
Diretor – Tudo bem, você vai ter que me prometer que vai procurar a pessoa e falar que contém também essas informações que eu passei a você.
Diego – Claro... agora pode me falar quem é?
Diretor – Scott, ele é a outra pessoa que sabe de tudo isso.
Diego – Mas não pode ser como ele está sabendo de tudo isso, se ele não é nosso aliado?
Diretor – Como assim, ele não é nosso aliado?
Diego – Ele está por trás de tudo isso que aconteceu com a Priscila!
Diretor – Diego, isso é impossível... não tem como ele estar por trás de tudo isso, ele é meu maior aliado e o maior aliado dos órgãos do governo, responsáveis por acabar com essa quadrilha.
[CORTA PARA O MEIO DA MATA, DO LADO DO RIO]
Homem 2 – Eu não estou vendo o carro...
Homem 1 – Onde está toda a tua inteligência irmão?
Homem 2 – Deixa de falar comigo dessa maneira, eu não fiz nada para você ficar me tratando dessa maneira, seu bruto.
Homem 1 – Claro claro... e agora você vai chorar e pedir o colo da mamãe.
Homem 2 (dando um pequeno grito, que faz alguns pássaros voarem) – Chega de ficar falando assim comigo!
Homem 1 (pega o Homem 2 pelo colarinho) – Olha aqui se idiota, para de fazer barulho se você não quiser morrer e depois, eu falo da maneira que eu bem entender... se você pode falar como quer, eu também posso falar como eu quero!
Homem 2 (engolindo em seco) – Claro... tudo bem irmão, agora você pode me soltar?
Homem 1 (soltando e falando num tom de sarcasmo) – Sim... irmão!
Homem 2 – Você acha que eles morreram afogados?
Homem 1 – Eu amaria que tivesse acontecido isso, até nos pouparia o grande trabalho de ter que matá-los... odeio matar pessoas.
Homem 2 – Isso foi um sinal de revolta ou um começo de arrependimento?
Homem 1 – Nem um nem outro... só estou com preguiça de fazer esse tipo de trabalho, convenhamos... é inconveniente ao extremo. E bem, nem sei o motivo de ter te explicado minhas ações, você não tem nada a ver com o que eu faço ou deixo de fazer da minha vida, agora fica quieto e para de me torrar! Então, mãos à obra... quanto mais rápido vemos se eles morreram mais rápido saímos daqui e damos as boas novas.
Homem 2 – Você vai entrar nessa água fria?
Homem 1 (enquanto tira o palito) – Vou entrar sim, se depender de você... ou eles morrem de hipotermia dentro da água ou nós morremos de tédio aqui fora.
Homem 2 – Como você está racional irmão, eu pensei que esse tipo de coisa nunca aconteceria... está até parecendo um sonho, se tornando realidade na minha vida.
Homem 1 (com uma cara mal-humorada) – É melhor você parar de falar esse tipo de coisa, se não quem vai acabar entrando para verificar vai ser você...
Homem 2 – Não está mais aqui quem falou tudo aquilo.
Homem 1 – Como um pouco de ameaça melhora toda uma situação.
Homem 2 – Vai ver se eu estou na esquina!
[CORTA PARA UMA SALA DE AULA]
Nathália sentada numa cadeira e Scott sentado no chão, olhando para ela.
Scott – Nathália é o seguinte... eu não tenho nada a ver com as coisas que estão acontecendo, eu só estou atrás de algumas pessoas, para que possam trazer a Priscila mais rápido, não agüento ficar sabendo que alguma coisa de ruim, possa estar acontecendo com ela.
Nathália – Mas isso ainda não respondeu nada que eu queria, eu quero entender o motivo de você ter se afastado de todo nós, se fechado... não querer se meter nas nossas tentativas... tudo bem que tentativas frustradas, mas são tentativas.
Scott (tira uma pequena carteira do bolso) – Primeiro... eu não tenho idade para estudar aqui, você nunca imaginou qual seria o motivo que me tira daqui de dentro todo final de semana, que as pessoas não sabem para onde eu vou?
Nathália – Não, eu também saio daqui, bem... não saio completamente, mas eu não fico no internato.
Scott – Mas comigo é diferente, eu faço faculdade nos finais de semana, eu só estou aqui dentro por um motivo de força maior, eu trabalho para as forças especiais do governo.
Nathália (fazendo cara de surpresa) – Quer dizer que você é tipo... uns quinze anos mais velho que nós?
Scott (rindo) – Não quinze anos, mas diria que uns sete ou oito... (abre a pequena carteira, que tem um cartão de identificação, com uma foto dele fardado), eu não pertenço ao mundo de vocês.
Nathália (faz um cara de espanto) – Mas você namora com a Priscila, não namora?
Scott – Sim, eu namoro com a Priscila... mas os pais dela ainda não sabem, por ser muito mais velho que ela, nós meio que fizemos um voto de silêncio, aqui sabem que nós dois saímos juntos, mas os pais dela não, eu queria que eles soubessem, mas ela achou melhor não contar e deixar as coisas como estão.
Nathália – Mas e como vão ficar as coisas, quando eles descobrirem?
Scott – Se ela sair dessa viva... e ela vai, eu vou fazer um pouco de pressão, para contar tudo para os pais dela, eu não quero viver nessa mentira para sempre e quando tudo isso acabar, eu vou continuar com a minha vida, fora daqui e ela ainda tem mais metade de um ano aqui dentro, até que ela saia daqui.
Nathália – Eu acho vocês dois tão lindos juntos.
Scott – Eu gosto muito dela, no começo nem simpatizava, mas depois que eu a conheci na essência, deu para ver que ela era muito mais do que aparenta ser.
Nathália – Mas isso ainda não explica o telefonema misterioso que Angela viu você dando e eu realmente quero entender tudo isso.
Scott (olha meio sério para ela) – Você tem razão, não justifica o meu telefonema, dizendo que eu queria que a devolvessem... mas tudo isso é relacionado a você, eu fiquei sem reforço nenhum e sem armamento e eu queria que me devolvessem tudo isso, para poder tomar alguma atitude.
Nathália – Você ficou sem reforço?
Scott – Isso mesmo, eu precisava de alguma coisa... para poder te proteger e proteger quem estava aqui...
Nathália – Entendo, mas porque você não falou tudo isso antes?
Scott – Eu tenho ordem de sigilo Nathália, eu nem deveria estar te contando isso, mas eu não agüento mais ter tudo isso guardado, é complicado.
Nathália – Eu imagino que não seja nada fácil ficar guardando coisas como essas, sozinho.
Scott – Antes eu tinha a Priscila para dividir tudo isso, mas agora eu fiquei sozinho, não tenho ninguém para compartilhar e ainda estou extremamente preocupado com ela, mas o meu superior e o dela, disse que eles estão atrás dela.
Nathália – Tem previsão para acharem?
Scott – Ainda não sei, eles estão atrás dela, mas até agora... só tiveram uma pista de que ela foi trancada dentro de uma casa no meio de uma mata, perto de uma rodovia, mas até agora nem sinal dela.
Nathália (abraça o pescoço do Scott) – Fica tranqüilo, nós vamos encontrá-la, nem que todos tenhamos que ir atrás dela.
Scott – Sim, nós vamos encontrá-la
CAM. focaliza bem de perto o rosto de Scott e Nathália, que olham um para o outro.
Kevin (segurando a mão de Priscila) – Vem por aqui, melhor para chegar até o posto.
Priscila (segurando a mão de Kevin) – Tem certeza, que é por aqui?
Kevin – Total certeza, conheço esse matagal... desde sempre (rindo).
Priscila – Então tudo bem.
Eles chegam até uma rodovia, andam mais uns 500 metros e se deparam com um posto de gasolina.
Kevin (sorrindo) – Eu falei para você, que era por aqui.
Priscila (com uma cara de alívio) – Realmente, ainda bem que você conhece isso aqui.
CAM. o posto de frente e depois as costas de Kevin e Priscila, que se dirigem até o posto.
[FADE OUT]
[Música no fundo 4Ever – The Veronicas]
[Créditos rolando]
Elenco:
Convidados Especiais:
Jensen Ackles como Scott Davis
Música Tema:
Idéia Original: